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Opinião: País é pequeno em dimensão, mas enorme em favorecimento

18 de junho às 12h30
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Parece que agora está tudo mais calmo. Tudo, o que à política/espectáculo diz respeito.
Depois do incidente da Câmara Municipal de Lisboa com os activistas russos ter entrado em “banho maria”, pelo facto de se perceber – todos perceberem, mas poucos quererem entender – que o Presidente de uma autarquia também tem direito a descansar, prevalece o elevado número de novos infectados com a covid-19 e, sonho dos sonhos, o apetite pela vitória da equipa das quinas no europeu de futebol.
Há eleições que se perdem, não pelo facto de cidadãos avaliarem de forma negativa uma liderança, mas sobretudo pelo ruído que se faz sobre um determinado assunto que pode ser de importância relativa.
A Rússia não é um país apetecível para se viver, assim como outros em que uma determinada oligarquia se apodera do poder e acha que pode tomar as atitudes que quiser. Pior, sempre que a autoridade for de carácter fascizante.
O nosso planeta está carregado de gente que acha que não existe amanhã. Que tudo começou com o seu nascimento, a sua ascensão e acabará com a sua morte. Nada disso é verdadeiro e todos o sabemos!
Lamentavelmente o líder de cidade não pode estar em todo o lado e não consegue controlar todos os disparates que os serviços fazem e os erros que cometem.
A luta pelo poder não pode servir de pretexto para uma comunicação medíocre e manhosa, numa tentativa desesperada para atingir o cume. Quando assim é, costumam ficar a meio do caminho e descem às cambalhotas!
Todos sabemos que em política não vale tudo. Minto. Não deveria valer tudo. Mas, a ânsia de chegar ao poder é tão grande, que muitos perdem o discernimento e acham que há um modelo único e não vários.
O que aconteceu em Lisboa, poderia acontecer – não terá acontecido? – em qualquer autarquia. Um desleixo, talvez; uma malandrice, poderá ser provável; incompetência, não será de descartar; traição, uma outra forma de vingança!
Naturalmente, noutras cidades e em outras realidades, as coisas não assumiriam grande dimensão, porque também elas não a terão.
Só que, o país é pequeno em dimensão, mas enorme em favorecimentos!
Se nos dermos ao trabalho de compilar as notícias das últimas décadas, verificamos que é um milagre Portugal ainda existir. Os Cartagineses estão à porta e ainda não nos demos conta!
Portugal precisa de grande tranquilidade política. E não fora a acção pouco pedagógica do delfim do último presidente do Conselho de Ministros do Estado Novo, e tudo fluiria com naturalidade.

 

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