Opinião: O município deve reforçar o orçamento do apoio social?
SIM
Nunca nos imaginámos a viver uma Pandemia e quando caminhávamos para a normalidade, deparamos-mos com algo que, achávamos nós, já só era real dentro das páginas dos livros de História, uma Guerra na Europa. Precisamos de acreditar que vamos continuar fisicamente em segurança, mas já estamos a começar a sofrer as consequências dela.
Valha-nos o facto de saber que, da última vez que o país viveu algo semelhante, não tínhamos Estado Social nem a sensibilidade própria do Poder Local, conquistas de Abril que fazem toda a diferença. Nestes dois anos, as Autarquias foram as primeiras a conceder apoios económicos às famílias e empresas, criaram meios de apoio psicológico, distribuíram medicamentos, levaram a casa, como na Figueira, as refeições que os alunos não podiam fazer na escola, mas de que precisavam e tinham direito.
Câmaras e Juntas desdobraram os seus meios humanos e logísticos para cuidar das populações. Agora, lá estarão novamente, convocadas pela sua vocação social, a auxiliar os seus cidadãos a lidar novamente com as consequências da asfixia da atividade económica e tudo o que dela resulta.
E do mesmo modo que avançaram com centros de vacinação, hoje avançam com equipas de apoio humanitário aos cidadãos ucranianos refugiados. A Pandemia custou ao Município cerca de 2 milhões. Será natural que volte a ter de se afetar algum valor adicional às funções sociais.