Opinião: Matrículas personalizadas
Os proprietários de carros na Bélgica podem dar asas à imaginação e fazer-se destacar no meio do tráfego. A matrícula belga europeia compreende um primeiro número (1 ou 2), seguido de três letras e mais três números. Os veículos mais antigos podem ainda circular com o formato “três letras, três números”. Esta matrícula é atribuída aleatoriamente, sem que o cidadão tenha alguma influência nos elementos que a compõem. Podemos portanto ter a sorte/azar de ter uma matrícula onde se lêem coisas como amo, mae, avo, cao, ass, fuk, con, mau, bom,… No entanto, é possível os automobilistas personalizarem a sua matrícula, dentro de alguns limites e constrangimentos de 8 caracteres. E isto tem tanto de insólito como de divertido. A ponto de ser tema de um programa de televisão na TV nacional, onde os participantes explicam as razões que os levaram a despender 1000 euros para terem a matrícula dos seus sonhos, e como chegaram às palavras que carregam com orgulho nos seus carros. A maioria escolhe nomes próprios para esses 8 caracteres, desde que não existam ainda no registo nacional. Mas há também diminutivos, nomes de animais de estimação, adjectivos, mensagens de amor e paz, … Palavras insultuosas ou combinações xenófobas ou racistas não são obviamente admitidas. Mas de resto, podemos facilmente cruzar-nos com um “tarzan” ou com um “smile”, assim como podemos encontrar um “champion” ou um “bebe”, “cool”, “rambo”. Dada a incidência de matrículas personalizadas que tenho visto na estrada, e ao preço de mil euros por peça, parece uma forma bem fácil de encher cofres públicos.