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Opinião: Crime, narcotráfico e insegurança

27 de fevereiro às 10h26
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Nas últimas semanas não se fala noutra coisa. A guerra entre gangues de tráfico de droga tem vindo a aumentar de tom na capital da Bélgica e são poucos os dias em que não há uma troca de tiros em alguns bairros da cidade. Bruxelas está agora em terceiro lugar na tabela de cidades com maior circulação de armas de fogo, atrás de Nápoles e Marselha.

Esta série de acertos de contas já fez, no início do mês de Fevereiro, uma vítima mortal em Anderlecht, que tem sido o bairro mais fustigado por esta onda de violência, numa luta aparentemente por território para o tráfico. A polícia parece não ter meios suficientes para contrariar este aumento de casos de violência e o sentimento de insegurança estende-se por toda a população.
As autoridades identificaram 15 quarteirões “problemáticos”, mas a luta contra este tipo de crime parece ser complicada. A droga chega normalmente pelo porto de Antuérpia, apenas a uma hora de estrada de Bruxelas. A venda atinge facilmente milhares de euros e os traficantes disputam os pontos de venda à mão armada. Outro factor que não ajuda: as cadeias sobrelotadas vêem-se obrigadas a libertar os narcotraficantes apenas com um terço das penas cumpridas.

No total, no ano passado registaram-se 92 trocas de tiros, 60 dos quais no mesmo bairro. Os afrontamentos entre gangues de narcotráfico provocou, só em 2024, 9 mortos e 48 feridos. O problema é que há vítimas colaterais, pessoas inocentes que estão, no momento errado, no local errado… O último caso aconteceu esta terça-feira: 25 balas contra uma loja, saídas de um veículo em movimento, que mais tarde foi encontrado em chamas. Cenas de filme que infelizmente extrapolam os ecrans…

Autoria de:

Catarina Moleiro

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