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Opinião: Comentadores e ódios empurram o PS para a maioria absoluta?

05 de janeiro às 11h37
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Antes de mais, é meu dever exigir que todos sejam felizes…porque se o forem, não aborrecem ninguém! Agora a sério; apesar da estar convicto que 2024 vai ser um ano muito difícil, vamos ter de o tornar fácil!
Ao iniciar-se um Congresso do PS, os “nossos comentadores de eleição” das várias televisões, não se cansam de explicar porque é que os socialistas vão perder as eleições de 10 de Março. Como se a procissão já tivesse saído do adro!
Lembro-me bem aquando da maioria absoluta de António Costa, os “ditos” que eram vociferados. De entre eles, recordemo-nos, “vê-se na cara das pessoas a ânsia de mudar”! E foi verdade. Mudou-se da geringonça para uma maioria absoluta.
Mas os comentadores de hoje são os mesmos de antanho. Do alto da sua cátedra analista – ainda ninguém percebeu porque continuam esses e não os substituíram por outros dado o conjunto de disparates que disseram – vão continuando a debitar ódio ao PS e aos socialistas, como se esquerda e direita não tivessem o mesmo direito em democracia.
O PSD que sempre foi um partido liberal e nunca social democrata, voltou a encontrar o aconchego do CDS para construir, tentar construir direi eu, uma nova maioria para governar. Perceberam finalmente que dois partidos liberais não podem viver um sem o outro!
Só que desta vez vão ser uma concorrência forte e leal porque sempre disseram ao que vinham; retirar protagonismo ao PSD e afirmar-se como os partidos dos valores da direita liberal, IL e CHEGA!
Luís Montenegro pode ser vítima do seu calculismo e da sua inexperiência estratégica, porque continuou a aceitar apoios que já deveria ter descartado há muito.
Sempre que Paulo Rangel aparece na TV a defender o PSD dá mais votos ao PS. É uma figura que afasta os cidadãos e não os inclui. Luís Marques Mendes, o melhor porta voz da Presidência da República, lá vai “andando de um lado para o outro” tentando que alguém repare na sua presença. Carlos Moedas, que ganhou a autarquia de Lisboa com todo o mérito, não conseguiu afirmar-se na grande Jornada Mundial da Juventude mantendo-se um cidadão completamente apagado, ainda que com desejo de um dia ser Presidente do PSD. Aliás, conta com o apoio e promoção do ex-Presidente da República que não se cansa de o proteger e animar. E por fim, embora mais afastado da cena política – apenas debate com Álvaro Beleza num programa de pouca audiência – mas talvez o mais influente de todos, Relvas, que a seu tempo e todo o tempo, não se cansa de afirmar a sua confiança num acordo com o CHEGA para formar uma maioria de direita.
No meio desta confusão, honra a Luís Montenegro que continua a manter o barco à tona contra ventos e marés, apesar de ficar para sempre ligado ao pior da TROIKA!
A olhar de cadeirão para tudo isto, Pedro Nuno Santos e António Costa, um no partido e outro no governo, a distribuir simpatia – chá e biscoitos – pelo país.
Embora ainda não tenham percebido, sempre que António Costa é interpelado pelas televisões o apoio ao PS aumenta.
As “piores figuras” do PS já se afastaram para não atrapalhar o caminho ao novo líder.
Pior ou melhor, mais ou menos folgadamente, nesta altura do campeonato, é minha convicção que o PS vai alcançar de novo uma maioria. Não se sabe ainda se absoluta ou não, dependendo também da votação da IL que poderá a seu tempo ser uma boa aliada de Pedro Nuno Santos. É que, apesar de algum radicalismo, a IL dá sinais de alguma abertura e percebe que a verdade hoje, poderá ser mentira amanhã.
A verdade é que a “maioria silenciosa” ainda não se pronunciou em definitivo. Apesar da campanha eleitoral há muito estar no terreno.
Presidente da República e Procuradora Geral da República foram os melhores aliados do PS. A história repete-se…e os ódios não são bons conselheiros!
Quem estiver à espera que o voto e as maiorias se decidam na última semana de campanha, percebe pouco da coisa.
Num futuro próximo, o partido que perder as próximas eleições vai passar um mau bocado nos próximos 8 anos!
O Povo apoia quem dá…e não quem tira!

Pode ler a opinião na edição impressa e digital do DIÁRIO AS BEIRAS

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