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Metro Mondego lança concurso de 6,9 ME para construção do parque de materiais e oficinas

04 de abril às 11h53
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FOTO DR

A Metro Mondego, concessionária do sistema de autocarros elétricos (MetroBus) que irá operar no antigo ramal da Lousã e cidade de Coimbra, lançou um concurso público para a construção do parque de material e oficinas.

O concurso da Empreitada Geral da Construção do Parque de Materiais e Oficinas (PMO) do Sistema de Mobilidade do Mondego, hoje publicado em Diário da República (DR), tem um valor base de cerca de 6,9 milhões de euros, irá decorrer até finais de maio e tem um prazo de execução do contrato de 448 dias (aproximadamente 15 meses).

O critério de adjudicação será o custo da proposta e o futuro parque de materiais e oficinas ficará localizado na freguesia de Ceira, no sudeste do concelho de Coimbra, numa zona anexa ao antigo ramal ferroviário da Lousã.

A 06 de maio de 2021, há cerca de 10 meses, o anterior Governo autorizou a Metro Mondego “a desenvolver os procedimentos para a contratação da empreitada de construção do Parque de Material e Oficinas/Estação de Recolha”.

Cerca de um ano antes, em finais de junho de 2020, a Metro Mondego tinha lançado um concurso para a elaboração dos estudos e projetos do PMO, a localizar junto à povoação de Sobral de Ceira, “a nascente da antiga estação homónima, adjacente à via” do Sistema de Mobilidade de Mondego.

Na altura, a Metro Mondego estimava que os encargos totais para a execução de empreitada, assessorias para estudos e projetos, gestão e fiscalização das obras e expropriações ascendessem a cerca de 8,16 milhões de euros.

O Parque de Materiais e Oficinas, frisava então a Metro Mondego, ocupa um terreno com cerca de dois hectares e inclui “diversas áreas e edifícios destinados à receção e inspeção de veículos, lavagem, parqueamento, oficina de manutenção, armazém de apoio e edifício administrativo”, incluindo ainda o posto de comando do sistema de mobilidade e salas técnicas, entre outras intervenções.

A escolha da zona de Ceira para a instalação do referido parque de materiais e oficinas da Metro Mondego remonta a 2008 – altura em que foram elaborados procedimentos de impacte ambiental – depois da localização original, na Quinta do Loreto, a norte da estação ferroviária de Coimbra-B, aprovada em 2004, ter sido abandonada, por interferir com os investimentos previstos de modernização da Linha do Norte.

Já a opção pelo sistema de MetroBus, em detrimento de um metropolitano ligeiro de superfície destinado a servir os municípios da Lousã, Miranda do Corvo e Coimbra, foi tomada pelo Governo em 2017.

Na semana passada, a Metro Mondego lançou um concurso para o “Fornecimento de Autocarros Elétricos para Transporte Urbano de Passageiros, Equipamentos de Carregamento e Serviços de Manutenção”, no valor de mais de 58 milhões de euros.

O contrato divide-se em quatro componentes, sendo a primeira o fornecimento de 35 autocarros articulados, com cerca de 18 metros de comprimento cada, de propulsão elétrica autónoma, para transporte urbano de passageiros, incluindo ainda uma opção de aquisição de um a cinco autocarros adicionais idênticos.

As restantes componentes a concurso envolvem os serviços de manutenção, por um prazo de 15 anos, dos autocarros a adquirir, estações de carregamento elétrico “de oportunidade, nas estações terminais de serviço” e “tipicamente noturno” no parque de materiais e oficinas e a respetiva manutenção destes sistemas.

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