Lousã: Brama dos veados é atração turística na serra
No fim do período da designada “brama dos veados” de 2021, que deverá terminar dentro de duas semanas, constata-se que o número destes cervídeos na Serra da Lousã continua a aumentar, assumindo-se como um verdadeiro fenómeno de exuberância da natureza.
Para o biólogo Carlos Fonseca – que fez parte da equipa que reintroduziu estes animais no território há 26 anos – “há consequências positivas e negativas”, de acordo com a forma como as entidades gerem a reprodução desta espécie na Serra da Lousã e na área circundante.
Por um lado, “os veados são uma forma de valorizar o território na vertente turística, desde que seja feito de maneira sustentável”; por outro lado, “aumentam as queixas de prejuízos em culturas agrícolas e povoamentos florestais”, refere o especialista.
Nesta perspetiva, a caça ao veado é uma das atividades regulamentadas, como processo de controlo demográfico desta espécie, que já ultrapassa os três mil exemplares na região do Pinhal Interior. Todavia, a entidade responsável pela gestão da atividade cinegética na respetiva zona de caça –Agência para o Desenvolvimento da Serra da Lousã (ADSL) – tem estado praticamente inativa, sob direção do Município de Castanheira de Pêra, mas abarcando ainda os concelhos de Figueiró dos Vinhos, Góis, Lousã, Miranda do Corvo e Penela, com a área de 10.851 hectares.
Legislação publicada para dinamizar a caça
De acordo com legislação publicada em 7 de maio de 2019 no Diário da República foi determinada “a transferência da gestão da zona de caça nacional da Serra da Lousã para a Agência para o Desenvolvimento da Serra da Lousã, pelo período de seis anos”, portanto até 2024, com o respetivo despacho a considerar que a ADSL oferece “condições para uma melhor compatibilização da atividade cinegética com a conservação da biodiversidade e as restantes atividades humanas”.
Pode ler a notícia completa na edição impressa e digital do DIÁRIO AS BEIRAS