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Licenciamento de unidade de biocombustíveis na Figueira da Foz em consulta pública

02 de dezembro às 12h48
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O processo de licenciamento único ambiental da unidade de combustíveis avançados da empresa portuguesa BioAdvance, no terminal de granéis líquidos do porto marítimo da Figueira da Foz, encontra-se em consulta pública até ao dia 16.

O processo de consulta pública promovido pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), com vista ao posterior licenciamento industrial pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), teve início no dia 19 de novembro e, à data de hoje, conta com 27 participações.

A empresa, sediada no concelho de Pombal, onde possui uma unidade mais pequena, instalou-se junto ao terminal de granéis líquidos do porto da Figueira da Foz, depois de uma candidatura aprovada ao “Sistema de Incentivos à Inovação Empresarial – Verde” e do projeto ter sido reconhecido com o estatuto de Potencial Interesse Nacional (PIN).

A sua instalação resultou de um contrato de concessão assinado em agosto de 2022 com a administração do porto, que emitiu em dezembro do mesmo ano o alvará de licença.

A BioAdvance, que investiu aproximadamente 27 milhões de euros na unidade, pretende produzir anualmente 20 mil toneladas de biodiesel a partir de óleos alimentares usados, bem como quatro mil toneladas de glicerina.

“No âmbito do processo de consulta pública serão apreciadas e consideradas todas as observações e sugestões apresentadas por escrito, desde que relacionadas especificamente com a instalação em avaliação”, refere a APA, no edital.

A situação da BioAdvance já motivou, em outubro, uma assembleia municipal extraordinária para a Câmara esclarecer os trâmites do processo, depois de o presidente da Junta de Vila Verde ter afirmado que unidade estava a laborar sem licença e a provocar poluição ambiental através de cheiros e odor incomodativo.

Nessa sessão, a vice-presidente Anabela Tabaçó disse que a empresa não possuía licença de utilização para funcionar e que efetuava apenas testes aos equipamentos, enquanto decorria o processo de obtenção da licença industrial.

A autarca explicou que o município licenciou as obras de construção, mas que a licença de utilização só pode ser emitida quando estiver concluído o processo de licenciamento industrial na CCDRC, iniciado em 2023.

Autoria de:

Agência Lusa

1 Comentário

  1. MARIA TERESA ROSENDO RITO diz:

    A BioAdvance, é uma unidade fabril de biocombustíveis, instalada junto ao rio Mondego e em zona urbana, a dos odores nauseabundos que nos provocam mal-estar significativo, repararam que a consulta pública relativamente ao licenciamento ambiental daquela, foi encerrada alguns dias antes do que estava previsto e registado?! Seja qual for o motivo, o prazo para estar aberta deveria ter sido cumprido ou não?!
    A Bioadvance tem o estatuto de Potencial Interesse Nacional (PIN), em que os óleos alimentares usados e outros provêm de vários países, especialmente da Ásia, da América Central e do Sul (e de Portugal também?!) para alimentar uma indústria de biocombustíveis que pretende ser a maior da Europa.
    De facto não faltam emissões poluentes na Figueira da Foz e que afectam negativamente a saúde pública, campeãs são a Navigator e a Celbi (Altri), emissões não só gasosas, mas também de partículas finas que não vemos mas respiramos.

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