Futuro da ciência exige fim da precariedade de emprego
“Uma transição paradigmática para a ciência fundamental, para a ciência sem patentes”, é o que defende o sociólogo e docente da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, Boaventura Sousa Santos, de forma a que a Europa (e o mundo) possam trilhar um caminho de cultura científica.
Criticando o que diz ser uma agenda política de “inovação voltada para as empresas”, o sociólogo antecipa que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) em Portugal “vai ser um fracasso”, porque está vocacionado para as empresas e para os municípios, e pouco para a universidade. Na sua perspetiva, o desenvolvimento tem de assentar na ciência e investigação e para isso é necessário acabar com a precariedade de emprego neste setor.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) mostrou-se de acordo neste ponto, acrescentando que os objetivos do Governo para a próxima década são também conseguir que o investimento em ciência e investigação atinja, em Portugal e na Europa, 3% da riqueza produzida, acima dos atuais 1,6% em Portugal e 2% na média europeia. Além disso definiu que se pretende que 30% dos jovens do Ensino Superior, dentro de 10 anos, tenham uma experiência de Erasmus.
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