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Fé mantém a porta aberta para quem ainda tem a tradição de beijar a cruz no domingo de Páscoa

21 de abril às 09 h50
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DB - Pedro Ramos

Por todo o país, a visita pascal é um dos mais importantes costumes da Páscoa. Se as férias, o fim de semana prolongado ou a falta de fé vão fechando cada vez mais portas, há ainda quem mantenha a tradição de ter a casa aberta e a mesa cheia para receber o compasso e beijar a cruz.

“A maioria ainda abre, mas cada vez há menos. A fé vai diminuindo um bocadinho, também há muita gente que aproveita a Páscoa para ir de férias e há uma casa ou outra em que as pessoas têm uma religião diferente”, disse ao DIÁRIO AS BEIRAS, o padre da paróquia de Ançã, Manuel de Jesus. “Nas grandes cidades já não há hipótese [de realizar o compasso pascal] porque são muitas casas, mas aqui [Ançã] ainda é possível,” acrescentou.

O padre, que está na freguesia há 47 anos, acredita que este “é um dia de convívio” e que “serve também para dar um pouco de conforto aos idosos que não podem vir à igreja”.

Quatro cruzes, quatro equipas, quatro percursos
Em Ançã, quatro cruzes percorrem todas as ruas. Antigamente eram duas. Organizam-se em quatro equipas com cerca de 5/6 pessoas e realizam quatro percursos diferentes. Como, geralmente, as pessoas que levam a cruz são as mesmas, os trajetos vão rodando, ou seja, se num ano fazem um, no ano a seguir fazem outro, para, que de quatro em quatro anos, possam visitar a sua própria casa. São cerca de seis horas, onde são percorridos entre quatro a cinco quilómetros.

Ler reportagem completa na edição de hoje do DIÁRIO AS BEIRAS 

Autoria de:

Daniel Filipe Pereira

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