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Deputados tentam eleger hoje pela quarta vez o presidente do parlamento

27 de março às 09h53
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Os deputados voltam hoje a reunir-se em plenário às 12:00 para tentar eleger, pela quarta vez, o presidente da Assembleia da República, depois das três tentativas falhadas na terça-feira.

O impasse na eleição da segunda figura do Estado levou a que, já depois das 23:00 de terça-feira, o deputado do PCP António Filipe, que preside temporariamente ao parlamento, na primeira sessão plenária da XVI legislatura, anunciasse que os trabalhos seriam retomados hoje às 12:00 e que até às 11:00 poderiam ser apresentadas candidaturas.

Em causa está a eleição do presidente da Assembleia da República, que tem de ser realizada na primeira reunião plenária da legislatura por maioria absoluta dos votos dos deputados em efetividade de funções (116).

A primeira eleição do presidente do parlamento, feita por voto secreto, começou pelas 15:00, apenas com o deputado social-democrata José Pedro Aguiar-Branco como candidato.

Pelas 17:00, era anunciado o primeiro falhanço desta eleição para presidente da Assembleia da República, já que o antigo ministro da Defesa obteve 89 votos a favor, 134 brancos e sete nulos.

Cerca de uma hora depois o PSD retirou a candidatura, mas pelas 19:00 o antigo ministro da Defesa voltou a reapresentá-la.

Pela mesma hora, o PS decidia avançar com a candidatura de Francisco Assis e o Chega de Manuela Tender.

Na primeira volta, o socialista vence por uma margem curta (90 contra 88 de Aguiar-Branco) e a deputada do Chega ficaria pelo caminho com 49 votos.

À segunda volta – terceira tentativa de eleição -, repete-se novo falhanço, com resultados muito semelhantes: 90 votos para Assis e 88 para Aguiar-Branco, sem que nenhum conseguisse a necessária maioria absoluta de votos favoráveis.

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1 Comentário

  1. Poortugues diz:

    Começamos a Legislatura com algo entre uma birra de crianças e uma desculpa de bêbados. O Chega anunciou na segunda-feira uma conversa com o PSD para que ambos votariam favoravelmente à eleição do Presidente da AR indicado pelo PSD e a um Vice-Presidente indicado pelo Chega. Durante o dia de terça-feira algumas vozes do PSD e CDS indicavam que não havia acordo com o Chega, mas em nenhum momento o líder do PSD ou o líder da bancada parlamentar do PSD (com quem o Chega alegadamente falou) disseram algo sobre isso.
    Sem qualquer aviso prévio o Chega votou contra o acordado dando desculpas esfarrapadas e fazendo-se de vítima. Assim não lhe assiste qualquer razão de se tentar agora vitimizar. Se, por outro lado, o Chega tivesse aprovado o Presidente da AR do PSD e depois não visse o seu Vice-Presidente eleito, então, sim, teria toda a legitimidade para se mostrar indignado e espezinhado e todos os adjetivos que o seu líder tanto tem proclamado.

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