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Cultura: Celeste Amaro sai da programação do Convento São Francisco em Coimbra

07 de março às 16h25
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A antiga diretora regional da Cultura do Centro Celeste Amaro foi afastada da programação do Convento São Francisco, em Coimbra, menos de uma semana após ter assumido o cargo, foi hoje divulgado.

Segundo Notícias de Coimbra, Celeste Amaro foi afastada da assessoria artística e cultural do Convento São Francisco, espaço gerido pela Câmara Municipal de Coimbra (CMC).

Questionada pela agência Lusa, fonte da CMC confirmou que a antiga diretora regional da Cultura, que é funcionária do município, já não ocupa aquele cargo que tinha assumido na terça-feira, substituindo a arquiteta Isabel Worm.

A Câmara de Coimbra esclareceu ainda que Celeste Amaro não se demitiu do cargo, tendo sido antes uma decisão do presidente do município, José Manuel Silva.

A mesma fonte referiu que será dada uma nota pública “quando for encontrada uma alternativa”.

A escolha da antiga deputada do PSD para assumir a programação daquele espaço cultural foi criticada, aquando do seu anúncio, pelo PS, PCP e Cidadãos por Coimbra.

Depois do anúncio, a Câmara de Coimbra tinha afirmado que ficaria descartado, “por agora”, um novo modelo de gestão para o Convento São Francisco (uma promessa eleitoral da coligação Juntos Somos Coimbra).

No entanto, um dia depois, o município garantiu que o novo modelo de gestão para aquele espaço seria apresentado ao executivo ainda durante este ano, numa resposta às críticas do movimento Cidadãos por Coimbra.

Questionado pela agência Lusa sobre se haveria um término definido para o tempo em que Celeste Amaro estaria à frente do Convento e se esta seria uma solução transitória, o município referiu apenas que o mandato de Celeste Amaro à frente daquele espaço não tinha um “limite temporal pré-definido”.

Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Celeste Amaro foi a responsável da Direção Regional da Cultura do Centro (DRCC) entre 2011 e 2018, num percurso que não esteve isento de polémicas.

A antiga diretora integrou na DRCC o ex-diretor do Museu da Presidência, Diogo Gaspar, que está em julgamento a responder por 42 crimes na “Operação Cavaleiro”, e no último ano de mandato à frente da DRCC declarações suas levaram a vários pedidos de demissão por parte de agentes culturais.

Em março de 2018, numa visita a Leiria, Celeste Amaro disse que se tinha deslocado àquela cidade porque ali os agentes culturais não lhe pediam dinheiro.

Essas declarações motivaram uma petição pública assinada por realizadores, encenadores, atores, dramaturgos e produtores culturais que pediam a demissão de Celeste Amaro.

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