Coimbra: Uma fé que traz gente de toda a parte

Não é apenas um sábado “normal” na Baixa da cidade, com turistas por toda a parte, de telemóvel em punho, para registar os instantâneos, ou procurar um local para o almoço.
As montras, pelas estreitas ruas que circundam o Mosteiro de Santa Cruz, ainda anunciam “fatos de anjo para alugar”.
No ar, lá dentro, na igreja, um intenso perfume. Há-as por toda a parte, de muitas cores, não só enfeitando o andor da Rainha Santa, mas também aos pés da padroeira, em jeito de oferenda, ou nas mãos dos fiéis que chegam. Naturais ou artificiais, compradas à chegada, para ajudar os escuteiros. São rosas.
Reza a lenda que a Rainha Santa dedicou a vida a ajudar os pobres e, quase oito séculos depois, de alguma forma, continua a fazê-lo, mesmo que pelas mãos daqueles que, à saída da igreja, não rejeitem uma esmola a quem a pede.
A adoração da padroeira trouxe à Baixa de Coimbra gente de vários pontos do concelho, do distrito, e não só. E houve quem escolhesse uma das missas de sábado para batizar as crianças.
É a fé na Rainha Santa que os move. Que o diga Lara Castro, que vem do concelho de Penacova, a pé: “É a fé. Eu nem venho por promessa. Mas já é a segunda vez que venho acompanhar a minha amiga”.
Paula Reis, a sogra e outras amigas, do concelho de Vila Nova de Poiares, já vêm há mais tempo. “Juntamo-nos na Igreja de Santa Maria, saímos às 06H00 e vimos em peregrinação até Santa Cruz”, conta. Foram cinco horas e meia de caminhada, “cerca de 30 quilómetros” à beira-rio, “sempre com a fé e devoção. É isso que nos move”.
“É sempre uma emoção muito grande chegar aqui e pedir para, daqui a dois anos, cá estarmos todos novamente”, acrescenta, a fiel, ao DIÁRIO AS BEIRAS.
Pode ler a notícia completa na edição impressa e digital do dia 15/07/2024 do DIÁRIO AS BEIRAS