Coimbra: Assembleia Municipal aprova contrato de cedência do estádio

Todos os deputados da Assembleia Municipal votaram ontem favoravelmente o acordo de utilização do Estádio Cidade de Coimbra que será assinado entre a Câmara Municipal de Coimbra e a Associação Académica de Coimbra / Organismo Autónomo de Futebol (AAC/OAF), que decorreu no Convento São Francisco.
O contrato-programa, discutido ontem em sessão extraordinária, substitui o que foi denunciado em julho de 2023 e que expira, justamente, em julho de 2024.
O presidente do Município de Coimbra, José Manuel Silva disse que “houve muito tempo (…)mas é preciso que as duas partes queiram chegar a um acordo”.
Estas declarações foram ditas após o deputado João Malva, eleito pelo grupo político Cidadãos Coimbra, ter afirmado que o processo devia ter sido tratado com maior celeridade e que nem devia ter vindo à Assembleia Municipal. O mesmo deputado alerta que “há muitas pontas soltas neste acordo”, nomeadamente, sobre a responsabilidade dos danos causados por terceiros e a manutenção dos espaços que não serão utilizados pela Académica, como é o caso da pista de tartan.
O deputado eleito pela CDU, João Pinto Ângelo, tem “uma visão mais simples”. “Os espaços utilizados pela AAC/OAF a ela compete a conservação e preservação; os que não são serão responsabilidade da Câmara Municipal”, disse.
O deputado do Partido Socialista (PS), José Manuel Ferreira da Silva, acusa a autarquia de impor o acordo à Académica numa altura em já começou a época desportiva e que se está a aproveitar da situação frágil que o clube atravessa.
PS diz que câmara impôs a lei do mais forte
A câmara “veio impor à Académica a “lei do mais forte”, obrigando-a a aceitar o que a câmara quer”, disse o deputado socialista. “Com este novo contrato basta à câmara comunicar com 60 dias de antecedência a realização de qualquer evento, permitindo até que sejam realizados durante a época desportiva”, referiu.
Em reposta, José Manuel Silva diz que a única lei do mais forte é a lei portuguesa, que está acima de todos os cidadãos, acrescentando que o contrato anterior não estava dentro da legalidade.
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