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China defende o diálogo para resolver a crise na Ucrânia

29 de março às 12h10
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FOTO CHINA DAILY

No mesmo dia em que a Rússia reconheceu as duas “repúblicas” no leste da Ucrânia, os Estados Unidos anunciaram que lhe iam impor sanções financeiras, o que foi secundado por alguns países ocidentais. Numa reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU sobre esta situação, a China apelou à contenção das partes envolvidas a fim de se evitar o agravamento das tensões.

Esta é a posição racional que deve ser tomada para resolver a crise ucraniana.

Olhando para o desenvolvimento da questão da Ucrânia desde 2014, é fácil concluir que existe um complexo emaranhado de interesses. Finda a Guerra Fria, a NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) tem procurado expandir-se para leste.  Se a Ucrânia aderir à NATO, a Rússia considera que tal representará uma grande ameaça à sua segurança estratégica.

Por isso a Rússia insiste para que a NATO assuma um compromisso escrito, juridicamente vinculativo, de que não se expandirá para leste e não instalará armas ameaçadoras.

A Ucrânia, que é apanhada no meio destes jogos de poder, receia que a sua soberania e segurança nacional sejam violadas e espera obter refúgio na NATO. Os países europeus, por outro lado, temem vir a estar envolvidos noutra guerra incontrolável.

A situação actual na Ucrânia é o resultado de uma série de factores complexos. Entre eles, os Estados Unidos têm desempenhado um papel na propagação das chamas. Nos últimos tempos, Washington foi divulgando que a Rússia ia invadir a Ucrânia, numa tentativa de desviar a atenção do público dos seus próprios conflitos internos.

Os Estados Unidos procuram também aproveitar as tensões geopolíticas para manter a Europa sob controlo, enquanto escondem a sua falta de vontade de responder substancialmente às exigências de segurança da Rússia. O que os EUA estão a fazer é a acrescentar combustível ao fogo da situação na Ucrânia.

Vale a pena notar que, face à deterioração da situação na Ucrânia, as partes estão a mostrar força umas às outras, por um lado, e a deixar espaço para o diálogo e a negociação, por outro. O Chanceler alemão Scholz disse recentemente que a diplomacia ainda é o meio para resolver o problema ucraniano face ao perigo de outra guerra na Europa.

A melhor maneira de resolver a crise na Ucrânia é estimular o diálogo em vez de “propagar o fogo”. Como membro permanente do Conselho de Segurança, a posição da China sobre a Ucrânia tem sido consistente. As legítimas preocupações de segurança de qualquer país devem ser respeitadas, e os objectivos e princípios da Carta das Nações Unidas devem ser defendidos.

Na recente 58.ª Conferência de Segurança de Munique, a China salientou que se deveria regressar ao ponto original do Novo Acordo de Minsk sobre a Ucrânia o mais rapidamente possível. O acordo, que foi negociado pelas partes e aprovado pelo Conselho de Segurança da ONU, é a única saída para a questão da Ucrânia. Esta é a posição da China, que está em conformidade com os objectivos e princípios da Carta das Nações Unidas.

Actualmente, a situação na Ucrânia está a deteriorar-se. Segundo os dirigentes chineses, as partes envolvidas devem ter contenção, reconhecer a importância de implementar o princípio da indivisibilidade da segurança e evitar uma nova escalada da situação. Os Estados Unidos e outras forças externas deveriam fazer mais para conseguir a paz e promover conversações, em vez de aumentar as tensões e criar pânico. Para que o mundo melhore, as grandes potências devem dar o exemplo.

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