CCDR Centro premeia Boas Práticas de Envelhecimento Ativo
Os projetos do Hospital Arcebispo João Crisóstomo, Sociedade Artística Musical dos Pousos e Universidade de Aveiro são os vencedores do concurso de Boas Práticas de Envelhecimento Ativo e Saudável na região Centro, anunciou ontem a organização.
Os vencedores da quarta edição deste concurso, promovido pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), em colaboração com o consórcio Ageing@Coimbra, foram revelados ao final da tarde, no 8.º Congresso do Envelhecimento Ativo e Saudável, que decorreu em Coimbra.
Na sessão, Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial, considerou os projetos premiados “verdadeiros investimento no futuro.” “Esta diversidade de programas revela uma dinâmica especial nestas áreas na região Centro, até porque também estamos a falar de uma das regiões mais envelhecidas do país”, acrescentou.
O projeto “Walk-ID”, apresentado pela Universidade de Aveiro, venceu a categoria Conhecimento+ e baseia-se no desenvolvimento de capas coloridas para equipamentos de auxílio à marcha, através da tecnologia de impressão 3D. O principal contributo do projeto foi detetar o processo de estigma associado a estes equipamentos no envelhecimento e melhorar a qualidade da mobilidade por meio de um projeto que supere este estigma social, provendo a sua personalização e conexão emocional entre o equipamento e o sujeito sénior.
O “Hospital amigo dos + velhos”, promovido pelo Hospital Arcebispo João Crisóstomo, de Cantanhede, foi o vencedor na Categoria Saúde+, que teve a concurso 40 boas práticas. Este projeto assenta num programa que visa a implementação sistemática de intervenções baseadas em boas práticas dirigidas aos idosos que são utentes do hospital, partindo de quatro elementos base: a motivação, a medicação, o estado mental e a mobilidade.
Na categoria Vida+, com 98 candidaturas submetidas, venceu o projeto “Palco em Casa”, da Sociedade Artística Musical dos Pousos, em Leiria. Através da criação de uma programação de concertos de bolso, o público-alvo tem acesso a fruir de cultura, em suas casas, no seu espaço, podendo convidar familiares e amigos, através da oferta de um bilhete, para assistirem a um espetáculo cultural escolhido por si.
Também a presidente da CCDRC, Isabel Damasceno, disse ser “premente promover e potenciar políticas para um envelhecimento cada vez mais saudável e ativo”, tendo em conta “o desafio demográfico da região Centro, que apresenta uma população bastante envelhecida”.
Ao todo, estiveram em concurso 145 candidaturas, que envolveram 123 entidades, “números que muito orgulham [a CCDR] e que são um estímulo ao desenvolvimento de novos projetos e parcerias e ao aparecimento de novas formas de promoção do envelhecimento ativo e saudável”.
“É, para nós, fundamental disseminar o conhecimento obtido com as candidaturas a concurso, para que estas práticas e projetos possam ser replicadas em toda a região”, sublinhou ainda.