Câmara de Viseu aprova por unanimidade alterações ao PDM
A Câmara de Viseu aprovou hoje, por unanimidade, as alterações ao Plano Diretor Municipal (PDM), nas quais se destaca a saída da construção da circular externa e a localização para a futura estação ferroviária.
“O que eu quero realçar é o facto de ter sido votado por unanimidade. Quando se vota um documento desta importância por unanimidade, seguramente, é porque toda a gente acha que os planos que temos de planeamento são os adequados e isso é o que importa”, disse o presidente da Câmara, Fernando Ruas.
Estas alterações, explicou a equipa técnica que hoje as apresentou na reunião pública do executivo, foram trabalhadas com base no PDM de 2013 e, para cumprir a lei, têm de ser aprovadas até dia 31 de dezembro deste ano.
A equipa explicou que as alterações foram trabalhadas “só em solo urbano e não rústico, porque é a principal alteração ao PDM, o conceito do solo urbano”, e, por isso, foi trabalhada a rede urbana, a rodoviária e a ambiental, para “aproximar mais a área urbana” e “ajustar a rede viária e ambiental” do concelho.
Entre as principais alterações está a “queda da circular externa, explicou o diretor municipal do Ordenamento do território e Desenvolvimento Económico, Marcelo Delgado.
A oposição elogiou a “queda da circular externa” e afirmou que “acabou por cair um mito que era publicitado e hoje percebeu-se que era um plano rodoviário impossível de ser feito” e, “felizmente, houve o bom senso por parte da entidade que desenhou esta alteração e houve também bom senso do poder político a avaliar”.
“Agora as pessoas, onde esse traçado estava identificado, deixam de ter esse travão documental que inviabilizava investimentos e a possibilidade de transformar os terrenos noutras opções, no que toca a decisões familiares”, defendeu João Azevedo.
O engenheiro Frederico Moura e Sá, da equipa técnica, defendeu a colocação de uma estação ferroviária a sul de Repeses, ou seja, na entrada sul de Viseu, na Estrada Nacional 2 (EN2).
“Gostámos muito desta proposta, porque tem a particularidade de ficar perto dos principais eixos viários da cidade e, neste momento, está definido e nós não queremos dar mais nenhuma alternativa”, defendeu Fernando Ruas.
O vereador socialista João Azevedo lembrou que a sua equipa, durante a campanha para as eleições autárquicas, “sempre defendeu um espaço para um interface ferroviário que pudesse beijar a cidade de Viseu, a sul, e está aqui neste documento e bem”.