Os trabalhadores dos CTT do Centro de Distribuição Postal de Arganil, no distrito de Coimbra, iniciaram hoje uma greve de dois dias contra a falta de pessoal e o excesso de trabalho a que estão sujeitos.

O dirigente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações António Pereira disse à agência Lusa que cinco dos seis trabalhadores estão hoje e sexta-feira em greve.

“O Centro de Arganil está dotado para sete trabalhadores, o que já não era suficiente, mas acontece que há vários anos só estão seis ao serviço, originando uma sobrecarga de trabalho nestes funcionários, que já estão saturados”, explicou.

Segundo António Pereira, os trabalhadores em greve reivindicam “o número de trabalhadores suficientes para realizar o trabalho diário, que é muito exagerado e obriga a horas a mais permanentemente”.

“Deviam estar oito pessoas naquele serviço, mas se forem sete os atuais trabalhadores já ficam satisfeitos”, ressalvou o dirigente sindical.

De acordo com o sindicalista, os seis trabalhadores ao serviço são obrigados a cumprir uma média de duas horas de trabalho a mais por dia, situação que dura há vários anos.

“Quando há picos de serviço, os trabalhadores nem se queixam, mas suportar esta situação anos a fio é desgastante”, sublinhou António Pereira, referindo que já houve reuniões com responsáveis de zona dos CTT que “nunca resolveram o problema”.

Os serviços no Centro de Distribuição Postal de Arganil estão a ser parcialmente assegurados pelo único trabalhador que não fez greve.