Opinião: “Os assadores de sardinhas devem regressar às ruas?”
NÃO! Os problemas estruturais do concelho da Figueira (a sazonalidade do turismo, a ausente política de transportes, os problemas da barra/portos/areia em excesso a norte e em falta a sul e a dramática perda de população) são conhecidos há muito, mas inexplicável e inexoravelmente continuam à espera de 1. Um Desígnio; 2. Um Caminho; 3. Os Recursos adequados; 4. Uma muito maior participação da Sociedade Civil, ou seja, uma desconcentração do poder de decisão e de ação.
Assim, o que tem primado é a comunicação de intenções, ou porque é preciso fazer uma “prova de vida”, ou para criar um “facto político”, ou porque se julga mais fácil e eventualmente menos impopular tentar justificar o erro com uma distração do que reconhecê-lo, ou ainda porque a opinião pública fica efetivamente convencida de determinada realização, não quando ela o é de facto, mas apenas porque foi (sucessivamente) anunciada.
Não sendo este ainda o caso, a resposta ao regresso dos assadores às ruas da cidade só pode ser dada no âmbito da definição dos quatro pontos acima referidos quanto ao turismo que se pretende, agora que estamos a entrar numa nova era do turismo, marcada necessariamente pelo investimento na inovação e no empreendedorismo.
A menos que se aposte numa oferta turística baseada na poluição e no cheiro… assim, forte!…