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Opinião: Madrid, Madrid, Madrid!

31 de janeiro às 11h38
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Não, o tema de hoje não é o futebol e as exacerbadas emoções para as quais o mesmo, habitualmente, nos convoca. Aqui as emoções são outras! Depois de vos chamar a atenção para este artigo com um título algo “enigmático”, permitam-me então que vos apresente a FITUR – Feira Internacional de Turismo de Madrid, certame anual que reúne, como expositores, uma grande diversidade de agentes do Turismo, como instituições públicas e privadas, associações e empresas, entre outras organizações vindas de todo o mundo. Afinal, como a maior parte dos eventos do género, de Lisboa a Londres, de Berlim a São Paulo ou de Paris a Shangai, podendo referir-se aqui, a propósito, que são 15 as feiras mundiais em que o Turismo de Portugal vai participar em 2025, organizando, em estreita colaboração com as Associações Regionais de Promoção Turística, a participação dos agentes económicos portugueses, promovendo e divulgando o nosso país como um dos principais destinos mundiais de turismo. Deste trabalho de promoção beneficiaremos todos, por certo, desejando-se para este ano e os próximos ainda melhores resultados na atividade turística (nº de visitantes, nº de dormidas e proveitos totais), para um desenvolvimento mais equilibrado e sustentável do nosso país.
Voltando à FITUR, cuja última edição se realizou na passada semana, 22 a 26 de janeiro, vieram já a público pela organização os primeiros números. Em 884 stands foram acolhidas mais de 9500 empresas, representando 156 países, sendo que, destes, 101 apresentaram delegações oficiais. Foram cerca de 255 mil os visitantes, dos quais 155 mil profissionais e 100 mil os não profissionais, dado que os objetivos destas feiras são os negócios entre empresas (o designado, no jargão económico, “B2B – business to business”) e a promoção e venda de viagens a particulares (aqui o modelo “B2C – business to client”). O impacto económico estimado da FITUR na cidade e comunidade madrilena é este ano de 445 milhões de euros!
Do que gostei mais da visita que ali fiz? Da “volta ao mundo” que nos é proporcionada em poucos milhares de metros quadrados, a animação e o contacto cultural, as propostas gastronómicas diversas, a extraordinária apresentação e dinamização dos stands das regiões espanholas (“jogar em casa” traz responsabilidades acrescidas), mas também o México, a República Dominicana, Marrocos e, claro está, Portugal! Em relação a Portugal, gostaria de destacar a participação agregada de quatro das Comunidades Intermunicipais da Região Centro (Coimbra, Leiria, Viseu Dão-Lafões e Beiras-Serra da Estrela) e das cinco Comissões Vitivinícolas Regionais com territórios também no centro do país (Bairrada, Dão, Beira Interior, Tejo e Lisboa). Do que gostei menos? Precisamente aquilo que vai em contrário destas últimas linhas: a participação individual(!) de alguns municípios portugueses quando, em contexto de negócio e promoção globais, a estratégia deve ser a escala, a união e as sinergias entre territórios e respetivos agentes.
A vertente das visitas de estudo a este tipo de certames é igualmente muito importante, dada a formação integral e a visão de mundo que devemos dar aos nossos estudantes. Desta forma, cerca de duas centenas de alunos das Escolas de Hotelaria e Turismo de Coimbra, Oeste, Porto, Setúbal e Lisboa, tiveram a oportunidade de experienciar o mundo em Madrid durante três a quatro dias, conforme os casos. Tão cedo não se esquecerão das experiências que as suas escolas lhes proporcionaram!
O mundo que recentemente visitámos em Madrid virá ter connosco também dentro de algumas semanas, no nosso grande certame anual, a BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa, que se vai realizar de 12 a 16 de março na FIL – Parque das Nações. Merecerá uma (nova) visita.

Autoria de:

José Luís Marques

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