Opinião: “Gosta do novo coreto do Jardim Municipal?”

Não! Mais ano, menos ano, mas não muitos mais do que meia dúzia, na cidade da Figueira foram realizadas obras (algumas ainda em malfadada 1.ª fase), cujos valores já atingem, mais euro, menos euro, os seguintes montantes redondos: 2 milhões para a praia, 2 milhões para Buarcos, 5 milhões para o Cabedelo, e agora 1.5 milhões para o Jardim Municipal.
Ou seja, sem falar da Rua dos Combatentes e afins, quase 11 milhões de euros em empreitadas muito longe de consensuais, as quais desde há anos prejudicam a vida dos que cá vivem e trabalham e a dos que nos visitam, sem que seja claro ou evidente o benefício produzido, mas visível que se perdeu uma oportunidade única e financiada de direcionar a cidade para o século XXI, afinal o que Francisco Maria Pereira da Silva e a sua Companhia Edificadora Figueirense fizeram, para o século XX, entre 1861 e 1918.
Ora, não gosto nada do novo coreto do Jardim Municipal, não só por razões estéticas (acho-o pesado, triste, mal posicionado, assim… parolo), e isso é a minha opinião, obviamente discutível, mas sobretudo por razões de racionalidade e de sustentabilidade, uma vez que não creio que o dinheiro nele investido alguma vez contribua para os fins que deveria alcançar, ou seja, ser o polo de uma centralidade que se perdeu.
O Jardim Municipal é o espaço icónico de ligação da Figueira dos séculos XIX, XX, e agora do XXI, do encontro do rio com a Serra – não merecia muito melhor?