Opinião: A nova Bússola

Nas últimas semanas, em particular desde a tomada de posse de Donald Trump e com ameaças de imposição de tarifas aduaneiras agora também à Europa, muito se tem falado do desfasamento da competitividade deste continente face aos Estados Unidos e à China. Como pôde a economia da Europa ter ficado para trás e não ter crescido da mesma forma?
Certamente, diversos fatores estruturais, políticos e tecnológicos ocorreram na Europa, os quais afetaram o crescimento e a competitividade ao longo das últimas décadas. Entre estes está o baixo crescimento da produtividade devido a uma menor adoção de tecnologias digitais, automação e inteligência artificial em setores-chave. Ou o facto de, comparativamente, os EUA terem todo um ecossistema mais favorável à inovação e ao empreendedorismo, com um investimento forte em setores estratégicos, nomeadamente semicondutores e inteligência artificial. A par destes fatores tecnológicos, surgem os fatores burocráticos, acompanhados por uma regulação excessiva e políticas ambientais ambiciosas para descarbonização que dificultam a vida das empresas, tornando-as menos competitivas face a concorrentes de mercados com menos restrições.
A nova tentativa de reposicionar a Europa no desenvolvimento, produção e comercialização de tecnologias, serviços e produtos “limpos”, associada à neutralidade carbónica, dá pelo nome de “Bússola da Competitividade”. Esta iniciativa materializa as recomendações do Relatório Draghi, relatório que analisa a situação económica da UE e propõe estratégias para reforçar a sua competitividade. Foca-se em três domínios de ação principais: Inovação, Descarbonização e Segurança. Colmatar o fosso da inovação, por exemplo, com a Comissão a propor as iniciativas Gigafábricas de IA e uma Estratégia de Aplicação da IA para impulsionar o desenvolvimento e a sua adoção industrial em setores-chave, com planos de ação para os materiais avançados, a tecnologia quântica, a biotecnologia, a robótica ou as tecnologias espaciais. Um roteiro para a descarbonização e para a competitividade para facilitar o acesso a energias limpas a preços acessíveis. Reduzir as dependências excessivas e aumentar a segurança com novas parcerias que ajudarão a assegurar o abastecimento de matérias-primas, energia e tecnologias limpas a partir de todo o mundo.
A Europa tem tudo o que é necessário para inverter esta tendência decrescente, nomeadamente, mão de obra qualificada e com talento. Esta Bússola parece chegar com alguns anos de atraso, veremos se não vem tarde demais, mas, pelo menos, parece existir, neste momento, vontade política. Porque o mundo vive o momento mais acelerado de sempre e não espera por ninguém.
Isto explica-se pelo facto de na EUROPA não poderem mandar os ja deram provas de capacidade-
_________Na Europa so podem ser eleitos os incompetentes e ou incapazes ou corruptos–
Assim nunca sairemos da medicroidade-
Desde sempre que os capazes são e scolhidos————porque deram provas -Disse-