Mulheres ainda sentem resistência da sociedade para assumirem cargos de liderança

O mercado de trabalho em Portugal mostra “uma das maiores taxas da União Europeia de participação feminina”, regista o portal online Pordata, base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos.
Ao assinalar, hoje, o “Dia Internacional da Mulher”, confirma-se que estão em maioria na população portuguesa (52%), trabalhando, sobretudo, a tempo inteiro, mas com uma “grande precariedade de vínculos contratuais”, já que, “quase uma em cada cinco mulheres tem um contrato de trabalho temporário”, ganhando menos, em média, do que os homens, em todas as categorias de profissões.
Numa conferência realizada, ontem, na Junta de Freguesia de Santo António dos Olivais, cinco mulheres deram o seu testemunho desempenhando cargos de coordenação ou liderança.
Ângela Portugal, diretora do Centro Educativo dos Olivais, admitiu que, “enquanto mulheres, enfrentam dificuldades nos cargos de liderança”. Reconheceu que “há alguma evolução, mas a paridade não está plenamente alcançada”. Além disso, há a exigência de “conciliar com a vida familiar que, neste tipo de cargos, é difícil, porque é exigida muita disponilidade de tempo”.
Ao DIÁRIO AS BEIRAS concluiu: “Já não me acontece na atual fase da minha vida profissional, mas as mulheres também são confrontadas com o facto de terem de provar que são capazes, em comparação com homens nas mesmas circunstâncias, além da falta de reconhecimento de que, para trabalho igual, salário igual”.
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