FCTUC olha para o futuro com otimismo
Num mundo de constante alteração tecnológica, que desafios se coloca a FCTUC para acompanhar esta transformação?
O principal desafio para a FCTUC é estar na fronteira do conhecimento nas suas áreas científicas e tecnológicas para poder ser um dos líderes do processo de transformação, transmitindo esse conhecimento de ponta aos estudantes e colocando-o ao serviço da sociedade e das empresas, a nível nacional e internacional, com especial foco no espaço europeu.
Que novas áreas de investimento/investigação estão na mira de implementação, para acompanhar as transformações deste século?
As transformações deste século estão ligadas aos desafios sociais e ambientais trazidos pelo crescimento populacional e pelas alterações climáticas a que estão associadas desigualdades económicas e educacionais, saúde e envelhecimento da população, crescimento das cidades e necessidade de mais recursos. Para dar resposta a cada um destes desafios estão a surgir novas áreas de ensino e investigação em que FCTUC está já ativa ou a posicionar-se nesse sentido.
As questões relativas às alterações climáticas e ambientais, à transição energética e à descarbonização são já objeto de estudo em vários cursos, departamentos e centros de investigação. Existe também uma iniciativa transversal a toda a UC (iniciativa Energia para a Sustentabilidade, EfS) que estuda estes assuntos de forma integrada, incluindo os impactos económicos, sociais e no turismo sustentável.
A economia azul é um novo foco?
O foco no mar e na economia azul está a ser reforçado com a criação do Polo da UC na Figueira da Foz e a criação de nova oferta formativa virada para a economia do mar em reforço da oferta existente. A nova Licenciatura em Biologia Marinha (já em funcionamento), o Mestrado em Sistemas Costeiros Sustentáveis (em fase de acreditação) e a Licenciatura em Engenharia Oceânica (em preparação para entrar em funcionamento em 2025-26) são exemplo disso. Também na área de investigação estão a ser criadas estruturas e parcerias para reforçar as valências já existentes nos departamentos e centros da FCTUC, como o SeaPOWER (Associação para o Desenvolvimento da Economia do Mar) que está já em operação e em breve irá ter novas instalações na Figueira da Foz.
O que visa a nova a Licenciatura em Gestão de Cidades Sustentáveis e Inteligentes?
Para dar resposta aos desafios relacionados com o crescimento das cidades foi recentemente criada a Licenciatura em Gestão de Cidades Sustentáveis e Inteligentes, envolvendo vários departamentos e centros de investigação da FCTUC e em complemento à oferta formativa de natureza mais clássica, já existente.
A resposta aos desafios societais identificados, é também conseguida através do reforço da transição digital, pela robotização e pelo uso de inteligência artificial em todas as áreas da atividade humana, com enorme impacto económico e na qualidade de vida. Estas tecnologias acarretam, no entanto, grandes riscos na verificação das decisões tomadas pelos algoritmos de IA e na privacidade e segurança da informação. Estes desafios estão a ser endereçados pela FCTUC em projetos de investigação realizados em parcerias nacionais e internacionais (nomeadamente em projetos Europeus) e com nova oferta formativa já criada nas áreas de IA e de Cibersegurança (Mestrado em Inteligência Artificial e Mestrado em Segurança Informática) e com a preparação de nova formação na área das Construção Digital e do Design Industrial com a criação de uma nova licenciatura em curso que deverá entrar em funcionamento no ano letivo de 2025-26.
O Espaço é também uma nova área…
A FCTUC está envolvida em atividades de investigação e de formação avançada em áreas mais emergentes, como o Espaço e a Computação Quântica. Nestas áreas são de referir a iniciativa UC Cidade Quantum envolvendo a UC, CMC e IBM/Softinsa e o Curso de Formação Especializada em Computação e Tecnologias Quânticas que teve início em setembro passado e a nova Licenciatura em Engenharia Aeroespacial que está em fase de criação e deverá entrar em funcionamento no ano letivo de 2025-26.
Pode ler a entrevista completa na edição impressa e digital do dia 16/10/2024 do DIÁRIO AS BEIRAS