Ex-docente de Coimbra acusado de caluniar magistradas fala em “excessos retóricos”

Um ex-professor da Universidade de Coimbra acusado de caluniar três magistradas rejeitou hoje no tribunal que tivesse difamado e assumiu antes “excessos retóricos” e “galhardetes culturais” em comunicações a duas juízas e uma procuradora.
O ex-professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC) de 59 anos, a residir em Montemor-o-Velho, começou hoje a ser julgado num processo em que é acusado da prática de 19 crimes de calúnia, depois de várias comunicações, no âmbito de outro processo (em que acabou absolvido), dirigidas a três magistradas, em que questionou as capacidades intelectuais e cognitivas daquelas.
Sentado no banco dos réus, onde tinha ao seu lado três livros – “três autoridades lexicográficas” (entre as quais o dicionário Aurélio) -, o arguido começou a sua intervenção a procurar demonstrar que no caso de difamação ou de calúnia seria necessária uma comunicação pública, quando todos os ‘e-mails’ pelos quais está a ser julgado são endereçados a uma pessoa – não havendo qualquer comunicação “na esfera pública”.