Estudantes já esperam na Sé Velha por uma Serenata “à moda antiga”

Perto de duas dezenas de estudantes já estão no largo da Sé Velha à espera por uma Serenata Monumental “à moda antiga”.
A pouco mais de seis horas para as 00H00, os estudantes da academia coimbrã aguardam no largo em que tradicionalmente decorria a Serenata Monumental da Queima das Fitas. Este ano não há serenata oficial, mas a manifestação marcada pela Secção de Fado da Associação Académica de Coimbra marcada para o mesmo local e à mesma hora, acalenta a esperança de uma possível serenata.
Também presente no largo da Sé Velha estava o Dux Veteranorum da Universidade de Coimbra, Matias Correia. O estudante de doutoramento acredita que poderá mesmo haver fado de Coimbra naquele histórico largo da cidade.
“Daquilo que eu sei é que foi feito um pedido de manifestação legal e que as manifestações podem decorrer até às 00H30, sem necessidade de autorização, bastando a notificação. Foi o que a Secção de Fado da AAC acabou por optar. Eu acho que vai ocorrer uma serenata à moda antiga, com total silêncio, a ouvir o fado de uma forma mais pura”, clarificou.
Matias Correia lamentou, no entanto, que não fosse possível realizar a Serenata oficial da Queima das Fitas naquele local.
“Foi uma pena que a Comissão Organizadora da Queima das Fitas não tenha tido possibilidades de organizar o evento. Eu próprio lutei por isso. Não obstante, consideramos à mesma que, a acontecer esta serenata, marcará o arranque desta Queima das Fitas e será certamente uma serenata histórica, à sua maneira”, esclareceu.
44 anos depois não há Serenata oficial da Queima das Fitas
De recordar que, na passada terça-feira, a Comissão Organizadora da Queima das Fitas (COQF) anunciou o cancelamento da serenata que estava prevista para esta noite. 44 anos depois da primeira serenata pós luto académico, a Queima das Fitas volta a não ter serenata.
A 23 de maio de 1980, à meia-noite, e depois de dois anos de várias experiências não oficiais, a Serenata Monumental ditava o regresso da Queima das Fitas a Coimbra e das tradições académicas, depois do luto académico, que perdurou entre 1969 e 1979.