Empresários de Coimbra alertam para custos “incomportáveis” de gás e combustíveis
A Associação Empresarial da Região de Coimbra (NERC) alertou hoje para os aumentos “incomportáveis” dos custos da energia elétrica, gás e combustíveis e apela ao Governo para adotar medidas de emergência.
Em comunicado, a NERC adverte as empresas para os aumentos do preço da eletricidade e aconselha-as a “procurar soluções de renegociação dos contratos, que permitam minimizar este impacto na sua atividade, bem como a mobilizarem-se para a luta pelo não aumento de preços”.
O Governo deve “recorrer a baixa de impostos e apoio às empresas através de programas de emergência, sob pena de vermos muitas empresas fecharem a curto prazo”, defendeu.
A NERC constata que “apesar da “dita” liberalização do setor ter sido feita com a “promessa” de vir baixar os custos da energia elétrica, tal não se tem verificado, pelo contrário”.
A associação sublinha que estes aumentos provocam uma “forte instabilidade empresarial”, designadamente dos médios consumidores de energia, que “têm grande importância na criação e manutenção de emprego”, assim como se verifica no aumento dos custos dos combustíveis e do gás natural, motivados pela guerra, que afetam os particulares (trabalhadores) e as empresas.
Para a NERC, o Governo deve avaliar a política energética e tomar medidas que assegurem preços mais aceitáveis e estáveis para os consumidores nacionais, sobretudo para os empresariais.
A associação empresarial refere ainda que existem fatores que contribuem para formar o preço da energia, desde os impostos diretos e indiretos, que “podem ser alvo de um olhar mais atento do Governo, assim se queira garantir a competitividade das empresas”.
Além da redução de impostos, a NERC defende uma mobilização de linhas de crédito, para as pequenas e médias empresas, a implementação do ‘layoff’ simplificado nas empresas e ainda o apoio especial aos trabalhadores que, por motivos de contrato de trabalho, têm de se deslocar vários quilómetros diariamente para a sedes das empresas.
“Deve ser lançado um apoio adicional para aqueles que não tendo possibilidades para isso e para não aumentar o absentismo nas empresas deve ser lançando o autovoucher-trabalho como apoio adicional para apoiar os trabalhadores na deslocação para o trabalho”, concluiu.