Coimbra: Qualificação, investigação, internacionalização e inovação no Dia da Faculdade de Letras

Está a cumprir o seu segundo mandato. Quais foram os maiores desafios que enfrentou desde que assumiu a direção da Faculdade?
Naturalmente, no primeiro mandato a pandemia. Quando tomei posse em julho de 2021 para esse meu primeiro mandato, estávamos ainda em tempo de fortes restrições e contingências por causa de tal realidade. Assim, a prioridade foi então a segurança na lecionação e na investigação e a preparação do novo tempo que se esperava de retoma de uma normalidade. Depois, na parte final desse mandato, em 2023, e até agora, já num segundo mandato, foram e são desafios constantes o rejuvenescimento e a qualificação do corpo docente e do corpo técnico, a reforma da oferta formativa de mestrados e doutoramentos e o reforço das dimensões de investigação, internacionalização e inovação.
Na sua tomada de posse, em 2023, afirmou que gostaria de concretizar uma reforma da oferta com cursos mais em linha com o mundo atual. O que foi feito nesse sentido?
Em 2022, e sobretudo em 2023, promovi um intenso trabalho e um amplo debate sobre este assunto na Faculdade, de que resultou já em 2024 a aprovação consensual de um documento orientador para a reforma de toda a nossa oferta formativa de mestrados e doutoramentos. Estamos desde então a concretizá-la e em “velocidade cruzeiro”.
Até agora já submetemos a aprovação da A3ES a alteração e atualização dos planos de estudos de 13 mestrados (entre os quais 8 na área da formação inicial de professores/as) e de 4 doutoramentos, neste último caso com uma mudança profunda da sua organização. Por outro lado, extinguimos dois mestrados e avançámos com a criação de três novos: um em Inteligência Geográfica e outro em Estudos Africanos – Perspetivas Contemporâneas (os dois em parceria com a FCTUC) e um outro em Gestão das Artes e Políticas Culturais em Transição. Todos apresentam planos de estudos mais inovadores e em linha com as necessidades e os interesses atuais, com uma vertente interdisciplinar relevante e, no caso dos doutoramentos, acentuando a ligação com os nossos centros de investigação. Alguns já foram aprovados e, por isso, esperamos tê-los em funcionamento no próximo ano letivo, sendo que a maioria só deverá entrar em pleno na oferta de 2026/27.
Entretanto, já estamos a preparar a atualização de um segundo conjunto de mestrados e doutoramentos que serão submetidos no ano em curso, segundo a mesma linha de atualização e inovação. Entre eles queremos oferecer um novo doutoramento em Estudos Europeus.
Por sua vez, os nossos cursos de licenciatura continuam, depois da profunda reforma que entrou um vigor em 2015/2016, a ter uma forte atratividade. Ainda assim, estamos também a introduzir, quando necessário, pontuais melhoramentos.
Refiro, por fim, a diversificação na área dos cursos não conferentes de grau. Pretendemos já a partir do próximo ano letivo disponibilizar cursos livres de língua e cultura árabes e de língua e cultura coreanas, que se juntarão aos vários níveis das outras 8 línguas já oferecidas no nosso Centro de Línguas (Espanhol, Italiano, Francês, Inglês, Alemão, Neerlandês, Russo e Japonês).
Pode ler a entrevista completa na edição de hoje (29/04/2025) do DIÁRIO AS BEIRAS