Coimbra: “Foi ontem submetido o primeiro doutoramento em Tecnologias da Saúde do país”

Recentemente os Politécnicos passaram a ter a possibilidade de ter doutoramentos. A ESTeSC tem um doutoramento em vista?
Essa alteração legislativa aconteceu, mas tem uma condição. Qualquer instituição de ensino superior deve ter um centro de investigação acreditado com a nota mínima de “muito bom”.
Quando a alteração saiu, o Politécnico criou uma estratégia interna e houve uma tentativa de criar um polo de investigação aqui na ESTeSC, mas a cidade de Coimbra, fechada na sua pequenez, não criou condições para isso acontecer.
Tivemos que ir à procura de parcerias nesse sentido e fizemos uma parceria com a nossa congénere de Lisboa e criámos, na nossa escola, um polo do Centro de Investigação em Saúde e Tecnologia (H&TRC). Já submetemos a candidatura à Fundação de Ciência e Tecnologia (FCT) e estamos a aguardar a avaliação.
A plataforma da agência de acreditação do ensino superior para a novos ciclos de estudos fechou ontem e, como entendemos que este é um processo demasiado importante, independentemente do resultado da avaliação da FCT, submetemos o primeiro plano de estudos de doutoramento em Tecnologias da Saúde do país. Foi ontem submetido.
Vai entrar em vigor no próximo ano letivo?
Há duas coisas que têm que acontecer. A agência de acreditação do Ensino Superior já veio dizer que este ciclo de estudos ficará a aguardar a avaliação da FCT. Precisamos dessa avaliação com a nota mínima de “muito bom” do centro de investigação e depois da aprovação do curso.
Muito honestamente, na situação em que o país está, não me parece que haja condições para abrir o curso este ano. De qualquer maneira, o doutoramento não está obrigado a um calendário, como o concurso nacional de acesso ao ensino superior.
Estando aprovado, podemos abrir o doutoramento a qualquer momento. Por nós era o mais rapidamente possível.
As microcredenciações são cada vez mais valorizadas na escola. São as empresas que propõe as aberturas destes cursos?
Dentro do universo do IPC, a ESTeSC foi a escola que mais aproveitou a oportunidade do PRR para criar uma oferta formativa no âmbito das microcredenciações bastante forte e alargada. E vai-se manter, mesmo sem o PRR.
O programa chama-se Impulso e o objetivo é dar mesmo um impulso. Estas microcredenciações têm o objetivo muito específico de reforçar as competências dos profissionais do setor.
O que nós fazemos com regularidade é auscultar os profissionais, criando essas micro credenciações ao encontro das suas necessidades, colocando essa oferta formativa no mercado. Também já fizemos articulação com algumas entidades do setor privado, mas quem sabe das limitações do setor são os profissionais.