diario as beiras
Destaque

Carlos Matos Gomes, um dos Capitães de Abril, faleceu aos 78 anos

13 de abril às 14 h56
0 comentário(s)
Colaborou regularmente na imprensa e em atividades dos centros de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e de Lisboa

O coronel Carlos Matos Gomes, que morreu hoje em Lisboa, aos 78 anos, foi um dos Capitães de Abril e dos primeiros a escrever sobre a Guerra Colonial (1961-1974). Sob o pseudónimo de Carlos Vale Ferraz, Matos Gomes assinou vários romances em que estava patente a temática africanista, nomeadamente no contexto da Guerra Colonial, tendo-se estreado com “Nó Cego” (1983).

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou  a morte do coronel Carlos Matos Gomes, lembrando uma vida na defesa dos valores com que se debatera há mais de cinco décadas.

Para além da vida militar, da sua bibliografia – sob pseudónimo – constam pouco mais de dez títulos, entre eles, “Soldadó” (1988), “Os Lobos Não Usam Coleira” (1991), que foi adaptado ao cinema por António-Pedro Vasconcelos e “Os Imortais” (1991), no qual, entre outros, participaram Nicolau Breyner, Joaquim de Almeida e Rogério Samora.

Colaborou regularmente na imprensa e em atividades dos centros de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e de História Contemporânea das universidades de Lisboa e Nova de Lisboa.

Carlos Matos Gomes nasceu a 24 de julho de 1946 em Vila Nova da Barquinha, estudou no Colégio Nuno Álvares, em Tomar e, posteriormente, na Academia Militar, em Lisboa. Fixou-se na Arma de Cavalaria do Exército português e cumpriu três comissões militares em Angola, Moçambique e Guiné-Bissau, nos Comandos, uma tropa de elite do Exército. Pelos seus serviços militares foi condecorado com a Cruz de Guerra de 1.ª e 2.ª Classe.

Autoria de:

António Rosado

Deixe o seu Comentário

O seu email não vai ser publicado. Os requisitos obrigatórios estão identificados com (*).


Últimas

Destaque