Câmara da Mealhada finaliza 2023 com taxa de execução global de quase 87%
A Câmara Municipal da Mealhada fechou o ano 2023 com uma taxa de execução global que se aproximou dos 87%, o que reflete o seu investimento em diversas obras, revelou hoje esta autarquia do distrito de Aveiro.
“A Câmara Municipal da Mealhada encerrou o ano 2023 com altas taxas de execução, quer de receita, quer de despesa. A receita totalizou de 27.820.745 euros, com uma taxa de execução global na ordem dos 86,74%, enquanto a despesa foi de 22.851.927 euros, com uma taxa de execução de 71,25%, o que traduz o investimento da autarquia em diversas obras”, sustentou.
Os documentos de prestação de contas do município liderado por António Jorge Franco, eleito pelo Mais e Melhor Movimento Independente, contaram com os votos a favor deste movimento e da Coligação Juntos pelo Concelho da Mealhada e com a abstenção do PS.
Numa nota de imprensa enviada à agência Lusa, a autarquia informa que as despesas de capital atingiram, em 2023, 8,3 milhões de euros, o que “traduz o investimento em variadíssimas obras em curso ou em fase de conclusão”.
“Conseguimos dar bom andamento a diversas obras e fazer um conjunto de investimentos absolutamente essenciais à qualidade de vida da nossa população”, sublinha António Jorge Franco.
Entre estas obras figuram o novo edifício dos Paços do Município, o Chalet Suíço, a requalificação da escola secundária e da urbanização do Choupal, a reabilitação da ex-EN235 entre o Luso e o limite do concelho com Penacova; e a aquisição de terrenos para construção da Praia Fluvial da Ferraria, entre outros.
A nota evidencia ainda o investimento relacionado com a aquisição de viaturas para reforço da frota do Município, bem como as aquisições de varredoura aspiradora urbana, viatura de recolha de resíduos urbanos – Projeto Mealhada Porta a Porta, viatura de recolha de biorresíduos equipada com sistema de lavagem de contentores e de cilindro compactador.
A Câmara destaca ainda a aquisição e instalação de compostores comunitários e compostores domésticos; a reabilitação dos sistemas semafóricos da Vimieira e Pampilhosa; a aquisição de mobiliário escolar e quadros interativos; e o investimento em iluminação LED, entre outros.
No que se refere à receita, o Município da Mealhada finalizou 2023 com um total geral de receita cobrada de 27,8 milhões de euros, apresentando, em termos globais, uma taxa de execução de 86,74%.
Para António Jorge Franco, estes valores revelam o rigor do orçamento apresentado.
“Apesar de ambiciosos, somos realistas, quer nas propostas que fazemos à população, quer nos projetos e desenvolvimentos que almejamos para o nosso município”, refere.
Contactado pela agência Lusa, o vereador socialista Rui Marqueiro apontou que os vereadores do seu partido se abstiveram, à semelhança do que já tinha acontecido em relação ao orçamento municipal.
“Entendemos que não faria sentido outro voto que não fosse a abstenção, uma vez que este relatório de gestão e contas está intimamente ligado ao orçamento. Na altura, não tínhamos votado contra porque boa parte do plano e orçamento ainda eram do executivo socialista”, sustentou.
Segundo Rui Marqueiro, que liderou autarquia da Mealhada até 2021, alguns dos principais empreendimentos que constam do Orçamento e das Grandes Opções de Plano para 2024 tinham sido planeados e colocados no terreno pelo executivo que liderou, embora também nele constem coisas com as quais não concorda.
“Sobre as contas demos algumas notas, uma delas sobre a aplicação de uma multa a um empreiteiro, que não tinha sido resolvida até hoje e ainda em relação ao facto de terem utilizado mais de 50% de um empréstimo, que, do nosso ponto de vista, não era necessário, pelo menos para já. Isto quando temos depósitos a prazo na banca, com taxas de juro mais baixas, o que não me parece boa gestão”, concluiu.