Arganil: Feira das Freguesias proporciona “momento de festa” aos arganilenses e visitantes
Quem ainda passar durante o dia de hoje (10 de junho) no Paço Grande, na vila de Arganil, pode usufruir da gastronomia regional e de toda a animação musical e cultural inserida na 17.ª edição da Feira das Freguesias – Mostra Gastronómica, certame organizado pelo município de Arganil, que conta com a colaboração de todas as Juntas e Uniões de Freguesias do concelho.
Designada de “festa dos sabores”, nesta feira, que começou na passada sexta-feira à noite, encontram-se 14 tasquinhas, nas quais as associações e coletividades locais, em representação de cada uma das freguesias, servem as refeições, apresentando à mesa iguarias típicas da região, como o bucho de Arganil, o cabrito, a chanfana, os torresmos de Santa Quitéria, a tigelada, o arroz doce e os coscoréis, entre outras. A par dos “sabores tradicionais da Beira Serra”, há “para ver e ouvir a mais tradicional música e folclore”, atuando os grupos folclóricos, as filarmónicas, as tunas, os grupos de bombos, de concertinas, de dança e de baile concelhios.
Segundo o programa agendado para hoje, a feira abre pelas 10h00, estando em palco, a partir das 15h00, a Associação Filarmónica Barrilense, o Rancho Infantil e Juvenil de Coja – Coja-a-Animar (RIJU), a Trust Collective (na Casa das Coletividades) e a Tuna Popular de Arganil. A partir das 19h30, haverá animação volante com os Zés Pereira, do Sarzedo, encerrando o evento pelas 22h00.
Aquando a inauguração do certame, Luís Paulo Costa, sublinhando que este é “um evento 100 por cento Arganil”, referiu que “projeta e sublinha aquilo que são as características endógenas do nosso concelho, a nível da gastronomia e cultura, nas suas mais diversas componentes”.
Convicto de que “as nossas coletividades não deixarão de apresentar o melhor que temos no concelho, nesta que é uma das grandes festas do nosso território”, o presidente da Câmara de Arganil, acompanhado por Emílio Torrão, presidente da CIM-RC, por Carlos Luís, presidente da Casa da Comarca de Arganil, por António Cardoso, presidente da Assembleia Municipal de Arganil, bem como pelos restantes vereadores do executivo camarário e membros das Juntas e Uniões de Freguesias do concelho, realçou que esta é uma iniciativa “incontestável naquilo que é a nossa programação anual”.
Alegando que, ao longo dos quatro dias desta feira, “temos a oportunidade de mostrar o melhor que temos e fazemos no concelho, na gastronomia e na cultura”, o autarca, agradecendo o apoio da Casa da Comarca de Arganil, que “tão bem representa o nosso regionalismo, particularmente, na grande Lisboa”, deixou também uma palavra de “agradecimento e reconhecimento” a todas as coletividades representadas nas tasquinhas, apelando para que esta seja “uma festa vivida, participada, e que São Pedro colabore, pois é uma ajuda relevante para que o evento seja um sucesso”.
Antes de uma visita efetuada a todas as tasquinhas, momento que contou com animação musical, a cargo do grupo de concertinas “Sons e Suadelas”, bem como com a presença de autarcas locais de concelhos vizinhos, como David Pinto (vereador da Câmara de Tábua) e José Francisco Rolo (presidente da Câmara de Oliveira do Hospital), Emílio Torrão declarou que “este é um evento que merece ser visitado e que representa o que de mais genuíno há nas nossas comunidades”.
“A ideia é de excelência pôr as freguesias todas a mostrar aquilo que de mais bonito têm, só por isso, vale uma visita, independentemente do brilhantismo que cada uma vai atingir”, afirmou o presidente da CIM-RC, defendendo que é “muito importante preservar as tradições”. “Se querem provar os pratos como eram feitos antigamente têm que cá vir porque se fazem à moda antiga e têm produtos que marcam a diferença, como é o caso do bucho”, apelou, constatando que “há aqui um trabalho feito pela Câmara de Arganil na recuperação do património histórico, mas este é também um evento de igual importância, porquanto, o património imaterial é sobretudo aquele que tem que ser mais protegido”.