Opinião – Discutir a cidade – o PEDU

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João Vaz

 

Nos próximos dois anos anunciam-se obras de elevado valor para a Figueira. A discussão quanto às prioridades, e visão para a cidade, foi reduzida. O envolvimento dos cidadãos é quase nulo na apropriação dos projetos que vão mudar zonas históricas da cidade.
“Prometem-nos” a regeneração das Praças 8 de Maio e “Velha”; a rua dos Combatentes, Bombeiros, Santos Rocha e vias adjacentes. No Cabedelo há a intenção de retirar a “carga automóvel das zonas mais próximas dos sistemas dunares” e “ainda a construção de um cais de acostagem para servir um barco que ligue as margens norte e sul”. Em Buarcos estão previstas obras na frente do largo Caras Direitas, “privilegiar os circuitos pedonais (incluirá o alargar dos passeios?), mais esplanadas e estacionamento. Há ainda a construção de uma ciclovia entre a estação e Vila Verde e um sistema de bicicletas partilhadas.
Tudo isto no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU). O dinheiro vem da União Europeia, financiado a 85%, e os projetos técnicos são da responsabilidade da Câmara Municipal. Um investimento desta natureza, 7,6 milhões de euros, merecia debate público. As obras anunciadas deveriam ser apresentadas em detalhe, com rigor e transparência. Nada disto foi feito, apesar do envolvimento dos cidadãos neste tipo de decisões ser prioritário. Assim, não admira que aumente a desconfiança perante as instituições.

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