Metade ficou na rua

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Foto Gonçalo Manuel Martins

Cerca de três centenas dos contestários à decisão do Governo em parar as obras do Metro Mondego não assistiu ao debate nas galerias da Assembleia da República.

A decisão prendeu-se com as questões de segurança impostas pela segurança do edifício e nem a interpelação do deputado socialista Victor Baptista valeu a muitos dos cidadãos que tiveram de ficar ao frio no exterior do parlamento.

No interior do hemiciclo, a discussão apenas começou às 17H56. Nessa altura, Jaime Gama abriu a discussão com a intervenção da relatora da petição, Carina João.

Depois, cada um dos grupos parlamentares teve oportunidade de explicar, em pouco mais de dois minutos, as razões que assistiam a cada um dos projetos de resolução entregue. Em todos eles, mesmo o do PS, a melhor solução para o antigo ramal é a ferrovia. Se José Manuel Pureza (BE) falou de “honestidade política” para defender a continuação das obras para a introdução do sistema de metropolitano, já a jovem comunista Rita Rato usou a máxima de quem “estraga velho, paga novo”, solicitando às outras bancadas para não “chorarem lágrimas de crocodilo”.

Serpa Oliva, do CDS-PP, solicitou ao Governo para parar de fazer promessas, bem como o não abandono da linha que servia milhares de pessoas. José Luís Ferreira, dos Verdes, salientou o direito à mobilidade das populações, as quais não têm de pagar “pelos erros do Estado”.

Maria do Rosário Águas (PSD) optou por mostrar através de fotografia o aspeto atual da linha. “Uma situação vergonhosa”, considerou, sendo mesmo considerado como um caso de desperdício de dinheiro.

Foi a antiga secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, a dizer que o Governo mantém “o interesse nacional” no projeto e acusou a oposição de “manipular a população com demagogia eleitoral”.

“É preciso ter lata”, respondeu Rita Rato. A votação da petição e dos projetos de resolução tem lugar amanhã de manhã.

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