Secretário de Estado dos Transportes volta atrás e opta por duas comissões

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Foto Gonçalo Manuel Martins

Faz hoje, precisamente, duas semanas que o ministro das Obras Públicas, o secretário de Estado dos Transportes e as autarquias de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã reuniram em Lisboa. No final, as diversas entidades acordaram a criação de uma comissão “para encontrar soluções de redução não essenciais do projeto, desde que não sejam essenciais ao Sistema de Mobilidade do Mondego”. Ao mesmo tempo, ficou decidida “a criação de uma comunidade inter-municipal para coordenar e proceder a uma gestão integrada de transportes da região de Coimbra”.

Oito dias depois, os serviços do ministério divulgaram junto dos órgãos de comunicação social de Coimbra um despacho de nomeação de apenas uma comisssão “com o objetivo de apresentar uma proposta de atuação para o quadro da implementação e gestão de um sistema de transportes supra concelhio nos concelhos de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã”. Os mesmos serviços que apontaram o dia 15 como a data da primeira reunião.

Este documento apanhou de surpresa os autarcas dos três concelhos, já que o mesmo não contemplava a especificidade do projeto do Metro Mondego. Após tomarem conhecimento da situação, os presidentes de câmara estabeleceram contactos junto da Secretaria de Estado para tentar perceber o alcance desta decisão.

Ora, se os responsáveis das autarquias ficaram surpresos com a decisão, o mesmo aconteceu com o secretário de Estado. Correia da Fonseca considerou estranho que um documento interno da Secretaria de Estado tivesse passado para o exterior, até porque o mesmo não tinha sido promulgado. Desses contactos saiu uma certeza: o Governo iria cumprir a decisão de criar duas comissões – uma para o Metro e outra para estudar os transportes na região. E foi o que fez no dia de ontem.

Dois meses para decidir

Através de uma mensagem de correio eletrónico, o adjunto do gabinete do secretário de Estado fez chegar às autarquias envolvidas neste processo as propostas dos dois projetos de despacho.

No caso do Metro Mondego, é determinada a criação de um grupo de trabalho para encontrar as soluções de redução dos custos do projeto. Uma comissão que será constituída, segundo o projeto de despacho, pelos seguintes elementos: José Carlos Henriques (coordenador, em representação do Secretário de Estado dos Transportes); Valter Duarte (Secretaria de Estado dos Transportes); Carlos Correia (IMTT); Eduardo Pires (REFER); Carlos Picado e João Rebelo (Metro Mondego); Rui Figueiredo (Câmara de Coimbra); Carlos Ferreira (Câmara de Miranda do Corvo) e Manuel Parola (Câmara da Lousã). Estes elementos terão de elaborar um relatório no prazo máximo de 60 dias.

Os mesmos elementos (tirando os representantes da Metro Mondego) são convidados a fazer parte da outra comissão, que tem como missão apresentar no prazo de 90 dias uma proposta de atuação para a implementação e gestão de um sistema de transportes supra concelhio nos três concelhos que integram o sistema de mobilidade.

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