O protesto contra a suspensão do projeto Metro Mondego e das obras que estavam em curso no Ramal da Lousã vai fazer-se sentir este domingo, no jogo Académica–Benfica, em Coimbra.
Jaime Ramos, porta-voz do movimento de cidadãos que contesta a suspensão do projeto, disse que está prevista a presença de centenas de pessoas no jogo da Liga, envergando faixas e cartazes.
“Terá um impacto mediático forte, para o país se aperceber do que está a acontecer”, acrescentou.
A iniciativa “tem a colaboração da claque Mancha Negra (Académica) e os jogadores vão entrar em campo com uma camisola alusiva ao projeto metro”, adiantou o antigo governador civil de Coimbra e presidente da Fundação ADFP, de Miranda do Corvo.
A contestação à decisão do Ministério das Obras Públicas e Transportes prossegue este sábado, com a presença de manifestantes na campanha do socialista Manuel Alegre, que passa pela Lousã.
“Iremos manifestar o desagrado pelo que está a suceder e exprimir o nosso lema de que sem carris não votamos”, disse Jaime Ramos.
Na terça-feira, adiantou, o movimento marcará presença também na campanha de Cavaco Silva, na sua passagem pela Baixa de Coimbra.
Jaime Ramos adiantou que “quatro a cinco centenas de pessoas” e os autarcas dos concelhos de Miranda do Corvo, Lousã e Coimbra devem deslocar-se na próxima quarta-feira, dia 19 de janeiro, à Assembleia da República para assistir à discussão de uma petição subscrita por mais de 8.600 cidadãos, que contesta a paralisação e o adiamento das empreitadas do projeto Metro Mondego.
Neste processo de contestação, que já incluiu uma marcha lenta na autoestrada A1, entre Condeixa-a-Nova e Fátima, e uma manifestação de cerca de mil pessoas próximo da residência oficial do primeiro-ministro, tendo sido já equacionada, também, a possibilidade de haver boicote às próximas eleições presidenciais.
“Na próxima quinta-feira, à noite, serão discutidas em reunião alargada as várias propostas de boicote, abstenção ou voto nulo nas eleições presidenciais. Será também discutida a possibilidade de muitos presidentes de junta suspenderem o mandato nesse período”, referiu Jaime Ramos.
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