Voluntários asseguram “Ponto Seguro” na Queima das Fitas de Coimbra
Promovido desde 2021, o projeto Ponto Seguro da Queima das Fitas de Coimbra tem vindo a afirmar-se como um espaço importante, no recinto do Queimódromo, para ajudar e orientar estudantes face a situações de especial vulnerabilidade.
Este “Ponto Seguro” mantém-se na edição deste ano e a organização já está a preparar a melhor forma de dar resposta às necessidades dos estudantes.
Durante o dia de ontem e no passado dia 9 de maio, várias entidades, entre elas a Comissão Organizadora da Queima das Fitas 2024 (COQF’14) e a PSP realizaram duas ações de formação dirigidas aos estudantes voluntários do projeto. Participaram na formação o Grupo Violência: Informação, Investigação, Intervenção (Grupo V!!!) e a Associação Académica de Coimbra, com o apoio da Coordenação Regional de Saúde Mental do Centro (CRSM), a PSP de Coimbra, juntamente com profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, psicólogos clínicos e peritos de medicina legal) e da justiça (Magistrada do Ministério Público).
O objetivo desta iniciativa, intitulada “Queima das Fitas, Apoio em Contexto de Festa: Ponto Seguro”, foi partilhar conhecimentos, ferramentas e mecanismos disponíveis, nas diferentes áreas, para dar resposta adequada e atempada às vítimas e proceder aos devidos encaminhamentos, nas áreas da saúde, social, policial e judicial.
Os voluntários que vão estar no Ponto Seguro foram alertados sobre as diferentes manifestações que as vítimas podem apresentar, como medo, vergonha, sentimentos de culpa ou de humilhação, “treinando” formas de responder e lidar com as eventuais reações possíveis de presenciar, visando assim um atendimento mais especializado e empático.
Em caso de violência sexual, como, quando e o que aconselhar, como atuar, como apresentar queixa, o enquadramento jurídico da violência sexual, a necessidade de respeitar o tempo e o espaço da vítima e a importância das redes de apoio informal e institucional foram algumas das questões abordadas.
Segundo um inquérito do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre segurança no espaço público e privado, divulgado em 2023, dois em cada dez adultos já foram vítimas de violência física ou sexual em contexto de intimidade, sendo as mulheres as principais vítimas.
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