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Saúde

ULS de Coimbra procura equidade no acesso aos cuidados de saúde

31 de outubro às 12h08
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Foto DB-Pedro Ramos

Faz amanhã um ano que Alexandre Lourenço tomou posse como presidente do conselho de administração do CHUC, sendo posteriormente nomeado presidente da ULS Coimbra. Em entrevista ao DIÁRIO AS BEIRAS, o gestor faz um balanço positivo do primeiro ano na liderança da instituição, apesar de uns primeiros meses “muito complexos”

 

 

Assumiu há um ano a administração do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC) e, posteriormente, a liderança da Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra. Como é que foram esses primeiros meses de transição do comando de um centro hospitalar para uma das maiores ULS do país?
Os dois primeiros meses ficaram marcados pela preparação da ULS de Coimbra e a crise das 150 horas extraordinárias dos médicos. As urgências dos hospitais periféricos, em cirurgia geral, na ortopedia e noutros serviços, estavam encerradas. Isso gerou um impacto muito grande na organização. Durante o ano passado ainda apanhámos a pandemia da gripe, em que tivemos a noção da nossa falta de capacidade de resposta. Foram dois, três meses, muito complexos.

A dimensão da ULS de Coimbra é muito grande para a realidade de Portugal. No seu arranque foi fácil colocar todas as entidades a trabalhar em conjunto?
Atualmente, a ULS de Coimbra investe 2,7 milhões de euros por dia. Esta é uma unidade que tem um peso muito grande a nível nacional. Se nos compararmos ao contexto europeu, é muito diferente. O hospital de Oslo investe, por dia, quase 9 milhões de euros por dia. A grande questão é o modelo de governação que corresponda à dimensão da organização. Vai passar por um grande grau de autonomia das unidades, a descentralização das responsabilidades e um modelo de controlo muito apertado. Queremos ter um melhor controlo do que se faz.

A ULS abrange 21 concelhos da região Centro. Quais são os municípios que necessitam de melhores e mais serviços de saúde?
Eu creio que todos eles precisam. Este modelo de ULS procura que nós consigamos gerir a saúde da população. Nós temos, em áreas como a obesidade ou a saúde dos idosos, que trabalhar em todos os concelhos. Este é ainda um processo muito embrionário e que precisa de uma grande capacidade de resposta.
Por outro lado, é evidente que existe uma grande iniquidade de acesso aos cuidados de saúde na região de Coimbra. Quem reside em Coimbra tem melhores condições de acesso à saúde do que alguém que vive, por exemplo, em Oliveira do Hospital, onde não há cobertura total dos médicos de família. Estamos a trabalhar com as autarquias para dar novas respostas em proximidade.

De que forma?
Por exemplo, até ao final do ano, Góis, Vila Nova de Poiares e Pampilhosa da Serra vão ter equipas que vão prestar cuidados domiciliários. Desde o início do ano conseguimos contratar 21 médicos de família e temos a expectativa de conseguirmos contratar mais até ao final do ano.

 

Entrevista completa na edição impressa e digital do DIÁRIO AS BEIRAS de 31/10/2024

Autoria de:

António Cerca Martins e Patrícia Cruz Almeida

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