Telmo Pinão: “Vou para usufruir porque serão os últimos Jogos”
Depois de Rio e Tóquio, vai para os terceiros Jogos Paralímpicos. Ainda dá nervoso miudinho?
Nestes Jogos vou para usufruir de tudo, porque muito provavelmente serão os últimos.
Sinceramente, estou muito tranquilo, mas, se não sentir algum nervosismo não estou a fazer nada na competição…
Com a consciência do trabalho feito…
Preparei-me muito bem. Fiz um estágio em altitude com o Iuri [Leitão] na Serra da Estrela, 14 dias, em que trabalhámos muito bem… e ele, então, preparou-se muito bem (risos). Depois fui para a Navacerrada, Madrid, onde estive mais três semanas.
Nos últimos dias muito se tem falado do ciclismo e do ciclismo de pista em particular, graças às medalhas do Iúri Leitão e do Rui Oliveira. Acredita que isto vai mudar alguma coisa?
Eu gostava de dizer que sim. Espero que não seja tudo efémero.
No dia em que eles aterraram em Portugal já estava o velódromo cheio de miúdos para se inscreverem. Agora é preciso que os pais, as instituições, a federação, e toda a gente aproveite este boom, não só para o ciclismo de pista mas para tudo. Pode chegar uma criança ao velódromo e não se encaixar na pista. Mas, ao lado, tem uma pista de BMX. Mas também há o BTT e a estrada. E nós temos e já tivemos dos melhores do mundo.
Em Portugal trabalha-se bem… Eu, o Iúri e a Tata Martins estivemos naquele estágio de altitude na Serra da Estrela a fazer um trabalho de excelência. Um trabalho que tinha de dar frutos. E vieram duas medalhas [do Iúri].
Já no ano passado estive a estagiar com o Iúri a fazer este trabalho e ele foi para um campeonato do mundo e venceu. Sorte?…
Portanto, o resultado do Iúri não o surpreende?
Na Serra da Estrela nós fizemos treinos com um dispositivo em que ele basicamente ia a puxar-me pela serra acima, com a minha bicicleta atrelada à dele.
As pessoas não imaginam como é que um atleta de elite se prepara…
Pode ler a entrevista completa na edição impressa e digital do dia 26/08/2024 do DIÁRIO AS BEIRAS