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Relações China-UE celebram 50 anos com apelo à cooperação global

08 de julho às 09 h46
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No ano em que se assinala o 50.º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas entre a China e a União Europeia, os dois blocos intensificam contactos de alto nível com vista a reforçar o diálogo, aprofundar a cooperação e promover a estabilidade internacional.

A China e a União Europeia preparam uma nova cimeira de líderes num momento em que se assinala meio século de relações diplomáticas entre as duas partes. O contexto é marcado por uma série de interações de alto nível, incluindo a 13.ª ronda do Diálogo Estratégico de Alto Nível, realizada recentemente em Bruxelas, bem como visitas do Ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, à Alemanha e à França.

Durante os encontros, a parte chinesa sublinhou que a relação entre a China e a UE tem sido pautada pela parceria, e não pela rivalidade, sendo a cooperação o elemento central e estruturante dessa ligação. Diversos líderes europeus manifestaram abertura para trabalhar com a China com base no respeito mútuo, superação de divergências, aprofundamento do entendimento recíproco e construção de uma relação mais construtiva, que contribua para a estabilidade e previsibilidade no cenário global.

Nas últimas cinco décadas, as relações sino-europeias registaram um desenvolvimento estável e sustentado. Como parceiros estratégicos abrangentes, a China e a UE estabeleceram cinco plataformas de diálogo de alto nível e mais de 70 mecanismos de cooperação em áreas diversas. O volume anual de comércio bilateral aumentou de 2,4 mil milhões de dólares em 1975 para 785,8 mil milhões em 2024. O investimento mútuo cresceu de forma significativa, atingindo um valor acumulado próximo dos 260 mil milhões de dólares.

Enquanto grandes potências económicas e civilizacionais, China e Europa reconhecem que a cooperação mútua tem repercussões que ultrapassam o plano bilateral. Nas palavras do chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi: “Se a China e a Europa optarem pelo diálogo e pela cooperação, será difícil formar blocos antagónicos; se privilegiarem a abertura e os ganhos partilhados, a tendência da globalização não será revertida; e se defenderem conjuntamente o multilateralismo, o mundo evitará o caos.”

A cooperação futura entre os dois blocos deverá assentar no princípio do respeito mútuo, tal como evidenciado pela trajetória histórica da relação. A China reafirma o seu apoio ao processo de integração europeia e mantém a União Europeia como parceiro prioritário na sua política externa.

Um relacionamento estável e construtivo entre a China e a União Europeia é, segundo ambas as partes, fundamental não só para o desenvolvimento interno dos seus povos, mas também para a promoção da paz, da cooperação e da prosperidade a nível mundial.

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