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Primeiro-ministro destaca “o mais incansável dos cinéfilos”

03 de fevereiro às 20h25
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O primeiro-ministro, António Costa, considerou hoje que o realizador de cinema Lauro António “foi o mais incansável dos cinéfilos”, dedicando a sua vida ao cinema, e cuidou de transmitir aos cidadãos o gosto pelos filmes.

O realizador, programador e crítico de cinema Lauro António morreu hoje, aos 79 anos, vítima de “um ataque cardíaco fulminante” esta manhã em sua casa, em Lisboa.

“Lauro António foi o mais incansável dos cinéfilos. Dirigente cineclubista, programador, realizador, crítico e professor, dedicou a vida ao cinema sob todas as formas, cuidando de transmitir aos outros o gosto pelos filmes”, escreveu o primeiro-ministro na sua conta oficial na rede social Twitter.

Na mesma mensagem, António Costa endereça “sentidas condolências” à família e amigos de Lauro António.

O funeral do realizador e crítico de cinema Lauro António realiza-se na sexta-feira, às 14:15, no cemitério dos Olivais, em Lisboa.

Crítico de cinema, programador, ensaísta e realizador, Lauro António estava atualmente ligado à Casa das Imagens, em Setúbal, um espaço cultural criado a partir de uma doação que o crítico de cinema fez à autarquia.

Em 2021, em declarações à agência Lusa, Lauro António explicava que a Casa das Imagens iria contar com cerca de 50 mil livros, filmes, fotografias, cartazes e outros documentos, para consulta pública, para que não se dispersasse ou caísse no esquecimento.

Nascido em Lisboa, a 18 de agosto de 1942, Lauro António de Carvalho Torres Corado passou a infância e parte da adolescência em Portalegre e formou-se em História, em Lisboa.

Na década de 1960, ainda na faculdade, foi crítico de cinema nos jornais República e Diário de Lisboa, na revista Plateia, e mais tarde noutras publicações como Diário de Notícias e Se7e.

Lauro António assinou o primeiro filme profissional em 1975, quando rodou a ‘curta’ documental “Vamos ao Nimas”, sobre os cinemas de Lisboa, mas o mais conhecido dos seus filmes seria a adaptação do romance “Manhã Submersa” (1980), de Vergílio Ferreira.

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