diario as beiras
opiniao

Os axiomas elementares da Sociedade da Informação

17 de dezembro de 2025 às 11 h23
0 comentário(s)

A cultura digital é considerada como uma habilidade global, detalhada nas seguintes valências: comunicar ou matizar qualquer produto baseado em linguagem comum digital; talento para comunicar desde o local até ao global em tempo real e, vice-versa, diluindo assim o processo de interação; maestria para conhecer a existência de múltiplas modalidades de comunicação e para perceber a interconexão de todas as redes digitalizadas de uma base de dados; conhecimento para reformular todas as configurações criando um novo sentido nas diferentes camadas do processo de comunicação; competência para criar uma mente coletiva gradual através do trabalho em rede, mediante um conjunto ilimitado de cérebros, o que significa a fusão entre cérebros em rede e a mente coletiva.

Forma-se, dentro desta envolvente, um círculo de complementaridade entre os conceitos de cultura digital e de literacia digital, tendo subjacente o significado de sociedade de informação, qualificada pela criação, distribuição, difusão, utilização e manipulação de informação, que, entretanto, evoluiu para uma atividade económica, política e cultural significativa. Aquele tipo de sociedade é um espaço dinâmico e complexo no qual as pessoas podem experimentar experiências de identidade, conformidade e igualdade.

Trata-se com efeito de uma noção sociológica para designar uma entidade organizada a partir de um sistema comunicacional mediado por tecnologias, o que significa assumir parcerias com um conjunto de interações humanas culturalmente padronizadas, ao mesmo tempo que o termo rede significa um conjunto de coisas interligadas. Por conseguinte, a sociedade da internet representa um tipo de união em que as principais estruturas e atividades sociais estão organizadas à volta das redes de informação processadas eletronicamente.

É uma teia de ciência, em que este recurso é assumido como o principal fator de produção, em detrimento do capital e do trabalho, ao sublinhar-se prioritariamente a importância do saber como ativo partilhado e, em simultâneo, de transcendente relevância para desenvolver uma economia colaborativa. Neste contexto, impõe-se destrinçar a sociedade da informação, baseada em dados, informação e em avanços tecnológicos, da sociedade do conhecimento, que abrange as dimensões sociais, políticas e éticas muito abrangentes.

A sociedade da informação surge no contexto da pós-modernidade que é essencialmente informática, comunicacional, e integrada ademais por avanços na microeletrónica, optoelectrónica e multimédia. Com efeito, armazenar, processar e disseminar informação são os objetivos básicos desta nova abordagem que surge no século XX, no momento preciso em que a tecnologia teve inovações significativas, ocorrido após o boom das telecomunicações e informática desenrolada na década de 1970, momento, altura em que a comunidade desenvolve uma nova envolvente técnica para o processamento da informação.

Este é considerado uma metodologia que consiste no tratamento de um conjunto de dados organizados, referenciado a um determinado facto ou fenómeno, e de elevada importância para resolver problemas e tomar decisões. Assim sendo, a informação desempenha um papel relevante para o sucesso das organizações, além de estar diretamente associada ao processo organizacional. Por outro lado, a informação é atualmente considerada como o ativo mais importante de uma organização, tomando como padrão os seguintes axiomas: 1º – A informação é compartilhável; 2º – O valor da informação aumenta com o uso; 3º – A informação é perecível; 4º – O valor da informação aumenta com a precisão; 5º – O valor da informação aumenta quando há combinação de informações; 6º – Mais informação não é necessariamente melhor; 7º – As informações multiplicam-se.

Estes pressupostos expressam um agregado de normas que, além de regulamentarem a era digital, exprimem as problemáticas essenciais do século XXI, que abarcam a proteção de dados, o comércio eletrónico, os crimes informáticos. Trata-se desta forma de uma envolvente vital para garantir os direitos dos cidadãos, promover a inclusão, proteger os indivíduos e regular o mercado digital, complexidades estas consideradas como os grandes desafios do século XXI.

Autoria de:

Marques de Almeida

Deixe o seu Comentário

O seu email não vai ser publicado. Os requisitos obrigatórios estão identificados com (*).


Últimas

opiniao