Opinião: Os 100 anos do PCC
 
                                        
                                    A 1 de Julho, o Partido Comunista da China celebrou com “pompa e circunstância” os 100 anos de existência.
Desde a 1ª. Reunião, na velha concessão francesa em Shangai, aos dias de hoje, muita coisa mudou, tal como nos diz o Presidente Xi “o povo chinês não só tem sido bom a destruir o velho mundo, mas também a construir o novo”, numa clara alusão ao incontornável desenvolvimento económico e tecnológico da China, assim como à notável erradicação da pobreza num universo de 1.4 mil milhões, apagando por completo a terrível memória do Grande Salto em Frente de 1958, responsável por uma das maiores fomes da história.
Se cada vez que cada um de nós completa mais uma volta em torno do sol, o tempo é de balanços e de objetivos, a celebração do centésimo aniversário do PCC não fugiu à tradição.
Numa icónica Praça de Tiananmen, meticulosamente preparada, 70 mil pessoas assistiram a uma cerimónia que ficará, com toda a certeza, na história deste país.
Sem alusões a qualquer uma das várias políticas desastrosas que marcaram o maoismo, ou a qualquer outro momento suscetível de abalar a legitimidade do PCC, este centenário foi escolhido para definir como metas a ascensão do país a nível militar e tecnológico, assim como a sua influência na governação das questões internacionais.
Num longo discurso, o secretário-geral do partido, enalteceu o papel incomensurável do PCC na construção de um grande país socialista moderno e nas conquistas do seu povo, as quais levaram a China à categoria de segunda maior economia mundial, aumentando o sentido de crise entre algumas das elites ocidentais.
Xi não oculta que o caminho trilhado marca o dealbar de uma nova forma de civilização, em que só o socialismo poderá salvar e desenvolver a China, impelindo o Ocidente a reconhecer que a sua abordagem não é universal e que este socialismo com características chinesas deverá ser visto com confiança e não o seu contrário.
Independentemente de anuirmos, ou não, com esta forma de governação, é inquestionável reconhecer o seu sucesso económico e social, tal como nunca é demais recordar que a dignidade da pessoa humana e os seus elementares direitos individuais, inalienáveis e impenhoráveis não têm cor ou ideologia, devendo prevalecer sobre tudo o resto. Esta será, sempre, a razão da Humanidade!
 
                            

 
                 
                 
                