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Opinião: E o Óscar vai para…

11 de março às 10h16
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Não, adivinhar não é dom que tenha. Como tal, saber na hora em que escrevo estas palavras (com o afastamento temporal que existe até que as mesmas possam ser lidas após a sua publicação) quem será o futuro Primeiro Ministro do nosso País (e os vencedores dos Óscares), é só impossível. Mas… E o nosso novo Primeiro-Ministro é… aquele que o nosso “Diário As Beiras” noticia na sua capa!
Importa saber quem é, e isso no momento em que escrevo, não consigo saber. Mas consigo falar de algo que considero tão ou mais importante: o que importa ser.
Este – o que importa ser – a que me refiro, vai muito para além da personalidade, da ideologia ou do partido que representa. Vai para a necessidade de ter na liderança do País um exemplo. Precisamos de um líder que permita aos Portugueses voltarem a confiar na personalidade que nos lidera e naqueles que o acompanham. Na legislatura que agora termina (interrompida a meio) e que beneficiou de uma maioria absoluta cedida pelo povo Português, pouco foi verdadeiramente proveitoso e muito foi verdadeiramente desastroso. A contestação que se viveu em quase todos os sectores da sociedade, da educação à saúde, da habitação às forças de segurança, são prova disso mesmo. Mas a destacar há o clima de suspeição a pairar constantemente sobre os nossos governantes. Que tão pouco dignificante é quando o que mais há a noticiar sobre aqueles que nos governam é a constante suspeição. Que tenhamos virado a página.
Liderar pelo exemplo é, seguramente, uma boa prática de gestão. Uma prática utilizada por muitos gestores e com a qual muito me identifico. Uma liderança que se preocupe em mais que impor, em conhecer e vivenciar o resultado das suas decisões. Enquanto líder serei naturalmente mais bem acolhido e respeitado se demonstrar aos que estão comigo que estou ao lado deles para executar um desígnio ao invés de estar acima deles, no pedestal, a ordenar. Esta forma de estar faz falta (muita falta) na política portuguesa. Acredito que se tivermos a oportunidade de experienciar este tipo de liderança na nossa governação, o País – entenda-se o povo – receberá seguramente um upgrade motivacional que trará consequências muito positivas a todos os títulos. Alguém preocupado em ser exemplar vai priorizar (como deve ser) sempre uma política pró-País e não uma política pró-partido. Os partidos políticos existem, e é necessário que existam, mas nunca os seus interesses poderão ser colocados à frente do País, País esse que os financia. Nunca as políticas promovidas devem ter como prioridade o perdurar dos partidos no poder, em pretérito da evolução de todo um País.
A maioria das empresas em Portugal não viverá certamente de negócios promovidos com o governo do nosso País, mas todas as aqui sedeadas ou implementadas sofrem ou beneficiam das políticas aqui promovidas. Ontem, ao falar ao País para apelar ao voto, o Excelentíssimo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou que a recuperação da economia Portuguesa é uma das preocupações comuns entre as eleições de 2022 e 2024. Neste capítulo é fundamental o contributo das nossas empresas e, para que as empresas possam fazer de forma séria e positiva o seu trabalho, é necessário que quem governa o País as veja como parte integrante deste desígnio, ao invés de as ver exclusivamente como fonte de receita. As empresas não votam, não elegem. Mas as empresas são pessoas e as pessoas que as compõem tiveram essa possibilidade.
Que esta segunda-feira seja o início de um novo ciclo governativo, pela mão de um novo líder, que pense no País, nas pessoas, nas empresas, nunca se considerando acima delas, trabalhando sempre a par delas e para elas, nunca para si ou para outros interesses. Cada membro, de cada um dos círculos eleitorais, que pelos Portugueses foi eleito, aceitou ter em cada um de nós um novo “patrão”. É favor mostrar à entidade patronal que merecem o emprego. Sejam sérios. Sirvam-nos de exemplo!

*Por decisão pessoal, o autor do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico.

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