diario as beiras
Geralopiniao

Opinião: “Coesão Territorial – um desígnio nacional”

19 de abril às 11 h55
0 comentário(s)

Foi com enorme sentido de responsabilidade que iniciei funções de Deputada da Assembleia da República.

Para muitas pessoas o exercício de cargos políticos é visto com desconfiança. Essa ilação resulta do afastamento que se foi gerando motivado pelas atitudes de alguns políticos e também por alguma resignação que se foi instalando na sociedade.

Compreendo as pessoas que deixaram de acreditar na politica, mas sinto que é nossa obrigação mostrar que a politica é uma atividade nobre. Um país desenvolvido necessita de uma democracia viva e participada.

Vejo a politica como uma missão, permite-me lutar por valores em que acredito.

Acredito que Portugal tem condições para ser um país muito mais desenvolvido. Não me conformo com o facto de estarmos entre os últimos, na Europa. Desde 1995 que Portugal empobrece. Nos últimos 19 anos fomos ultrapassados em pobreza por 11 países.

Portugal é um dos países mais centralistas e com grandes desigualdades territoriais. Somos um dos países com piores taxas de natalidade e dos mais envelhecidos.

Enquanto deputada na oposição a minha tarefa poderá ser mais difícil. Temos um governo de maioria pelo que o Primeiro Ministro apenas ouvirá as sugestões e propostas da oposição se quiser. Para bem do País, espero que o Primeiro Ministro opte por uma postura dialogante e construtiva em detrimento da arrogância.

Fui Presidente da Câmara de Miranda do Corvo de 2002 a 2013 e sei que o dialogo e a partilha de ideias, traz mais sucesso. Logo no primeiro mandato, tive como Presidente de Assembleia o saudoso Fausto Correia. Éramos de partidos diferentes, mas sempre colocámos os Interesses do concelho à frente dos partidários.

Um dos temas que mais me preocupa é o da Coesão Territorial. Temos quase 50% da nossa população a viver nas duas áreas metropolitanas. Os Portugueses afastam-se do nível de vida dos congéneres europeus e dentro do País temos grandes desigualdades entre regiões.

O interior está cada vez mais desertificado. Esta semana tive oportunidade de questionar sobre este assunto no Plenário. Pontualmente, temos assistido a alguns anúncios de “charme” sobre o Interior. Mas, na realidade não têm passado de anúncios com caracter pontual.

Urge que a Coesão Territorial seja um desígnio nacional. Precisamos de politicas publicas que motivem o investimento no Interior. É necessário que as pessoas que optam pelo interior tenham um nível de rendimento equivalente aos que vivem noutros locais. Uma das primeiras medidas que António Costa tomou, foi a nacionalização da TAP. A TAP tem tido sucessivos prejuízos.

É uma companhia que quase só serve Lisboa. Serve mal o Porto o Algarve e as ilhas. Não serve o centro do País nem o interior. Nos últimos dois anos existiram prejuízos de quase 3 mil milhões de euros. No ultimo ano a TAP teve prejuízos de 4,3 milhões de euros por dia.

Esta nacionalização da TAP foi boa para o antigo proprietário. Foi péssima para os cofres do Estado. Porque é que o Governo tem sido tão mãos largas com a TAP ao mesmo tempo que é tão agarrado com as medidas de apoio ao interior?

A minha atividade na semana passada

Fui eleita vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PSD;

Tomei posse nas Comissões de Saúde, de Agricultura e Pescas, de Administração Publica, Ordenamento do Território e Poder Local;

Participei em diversas reuniões;

Comecei a estudar o Orçamento

Autoria de:

Deixe o seu Comentário

O seu email não vai ser publicado. Os requisitos obrigatórios estão identificados com (*).


Últimas

Geral

opiniao