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Opinião: Aumento de produção de petróleo

29 de março às 09h33
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Em meio ao conturbado cenário macroeconómico mundial, agravado pela crise energética causada pelo embargo dos países ocidentais ao petróleo proveniente da Rússia, o valor do petróleo Brent (referência global) atingiu em março US$ 140 por barril (valor mais alto desde 2008 ). Contudo, o anúncio dos Estados Unidos da América e União Europeia realizarem força tarefa para reduzir dependência do petróleo russo fez recuar o preço do barril para US$ 120. Obviamente, a estabilidade do preço do barril dependerá da escalada e continuidade da situação no Leste Europeu.
A Secretária de Energia dos EUA realizou solicitação formal junto do Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, para que o Brasil aumente rapidamente a sua produção de petróleo. Esse aumento de produção já era previsto mesmo antes da guerra, o que levou o Ministro a confirmar incremento da produção em 10% até ao final do ano (correspondente a um acréscimo de 300 mil barris diários) e um crescimento de até 70% nos próximos dez anos. Estão previstas a colocação em funcionamento de 15 novas Unidades de Produção de Petróleo Flutuante (do inglês, Floating Production, Storage and Offloading) até 2026, com estimativa média de 300 mil barris diários por estrutura.
Como será fácil de entender, o processo não é simples e de execução imediata, envolve planeamento rigoroso, investimentos avultados e sobretudo atrair investidores.
No Brasil, a extração divide-se em campos terrestres (Onshore) e campos marítimos (Offshore), sendo os últimos responsáveis por mais de 90% da produção total do país.
Visando o foco no Offshore, a Petrobras vem realizando a venda dos seus ativos terrestres, maioritariamente localizados nas bacias do Nordeste (Bahia, Sergipe e Rio Grande do Norte), permitindo que empresas petroleiras independentes de menor porte, procedam a revitalização dos campos maduros e aumento de produtividade.
Para além de suportar no suprimento da demanda global causada pelo corte de abastecimento da Rússia, as medidas apresentam-se como um excelente dínamo para alavancar a economia de Óleo & Gás, evitar descomissionamento de campos e manter as empresas envolventes em atividade.

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