Opinião- “Áreas Criptopolitanas” em Zonas Livres Tecnológicas. É possível?

Miami ou Nova Iorque são ícones incontornáveis e com suficiente força no imaginário coletivo, para que os seus atos se transformem em “momentos” de captação, retenção e estimulo permanente à imaginação, mas também de afirmação de cenários futuríveis, e mesmo reais da atualidade.
Francis Suarez ( 44 ) mayor de Miami, e Eric Adams ( 61 ) mayor de Nova Iorque são protagonistas ativos da recente tendência para a criação de uma “MOEDA DE CIDADE” ou citycoin, com as denominações de MiamiCoin e NYCCoin, um novo instrumento de liderança transformacional das suas cidades numa espécie de “Áreas Criptopolitanas”, e assim atrair e fidelizar mais talento, outras tipologias de empresas e melhor investimento, para as suas regiões geográficas e jurisdições legais, promovendo uma sociedade e economia local que faz a memória regressar ao conceito de quase “Cidade-Estado”!.
E em Portugal, isso seria possível ?
Bom, a experimentação é amiga de um futuro provável, e as ZLT (Zonas Livres Tecnológicas) recentemente lançadas, nasceram da necessidade de uma visão comum para a realização de testes e experimentação em ambiente real, com vista aos desafios de crescimento, competitividade e especialização produtiva, através do desenvolvimento de novas tecnologias, processos e soluções comerciais, industrias e de serviços.
Nesta perspetiva, e tendo em conta a necessidade de encontrar caminhos de especialização sustentada em áreas essenciais como ( 1 ) Fintech (Finanças Tecnológicas centralizadas e descentralizadas), ( 2 ) Insurtech (seguros tecnológicos ancorados em contratos inteligentes, ( 3 ) Suptech ( supervisão tecnológica e prudencial) amplamente suportada em ( 4 ) Legaltech (Direito Tecnológico e Legal Engineering), é lícito supor que o País pode encontrar um novo posicionamento como exemplo em I&D financeiro e monetário, e com isso atrair mais investimento estrangeiro e potenciar projetos de dimensão internacional.
A colocação das cidades/regiões mais aptas a desenvolver mecanismos de Inovação dentro de um conceito de “Área Criptopolitana”, permitir-lhes-á promover os talentos locais em atividades de alto gabarito, estimulando um ecossistema cripto-empreendedor, incentivando a cooperação inter-institucional e inter-empresarial, contribuindo para práticas ativas de criação de conhecimento em rede, e assim, projetar padrões de qualidade de vida mais consentâneos com as preocupações atuais dos cidadãos, e de garantias de um maior equilíbrio e bem estar para o futuro.