Opinião: Abaixo o “inho”
Detesto o “inho” : não quero comer um “bacalhauzinho” e prefiro bacalhau ; concedo em dar “beijinhos” pelas redes sociais para não parecer um sátiro, mas gosto é de dar beijos ; não digo que uma pessoa é “boazinha” por estar convencido que as pessoas ou são boas ou trastes e não há meios termos ; um bicho, para mim, nunca é um “bichinho” : é um bicho por extenso, tal e qual, e tem a sua dignidade ; na tenra idade, uma criança é taxativamente uma criança e considero vexatório o pleonasmo de lhe chamarem “criancinha” ; um homem e uma mulher são isso mesmo e não um “homenzinho” ou uma “mulherzinha”, pretextos encapotados para os insultar ; no meu passado, quando tive um FIAT 850, nunca consenti que os meus amigos ou conhecidos dissessem que a viatura em causa era um “carrinho” , por estar convencido que ele me levava onde me poderia levar um Porsche.
O gosto do “inho” é uma pecha portuguesa. Habituaram-nos a ser “pequenininhos” e não o somos, de facto. Já cá não estarei quando Portugal comemorar o seu milénio de independência. Um Povo destes, uma Pátria tamanha, nunca poderá ser um Portugalinho ou um Portugalzinho e nunca será um “tadinho” !