Noite de vandalismo em Tavarede
Presépio e árvore de Natal destruídos, matrículas de carros arrancadas e abandonadas noutras zonas da freguesia; lancil colocado no meio da rua, que provocou um acidente e elevados danos numa viatura; e tentativa de arrombamento da porta da casa mortuária. Estes foram os mais relevantes atos de vandalismo ocorridos, durante a noite de sábado para domingo, na zona urbana de Tavarede.
Foram ainda vandalizados outros adereços de Natal instalados na via pública, deslocalizados contentores de lixo e árvores e plantas em propriedades privadas. O presidente da Junta de Tavarede, Fernando Lopes, e os residentes sentiam-se, ontem, indignados com os atos de vandalismo sem precedentes na freguesia. A PSP, que foi alertada pela condutora que embateu no pedaço de lancil arrastado para a via rodoviária, na rua Voz da Justiça, tomou conta da ocorrência.
Fernando Lopes destacou, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, que esta foi a primeira vez que o presépio, instalado no largo da igreja de Tavarede, feito por artesão locais, foi destruído. “Todas as figuras foram destruídas. Roubaram toda a iluminação. A árvore de Natal foi também destruída, cortaram fio a fio. Destruíram tudo o que puderam relacionado com o Natal”, lamentou o autarca.
Presépio destruído
A destruição da árvore de Natal provocou prejuízos superiores a dois mil euros. Mas foi a destruição do presépio que mais indignação provocou entre os tavaredenses. “Para as pessoas que vivem na parte mais antiga de Tavarede, isto [o presépio] tem um grande significado. Foi uma falta de respeito por todas as pessoas que aqui vivem, que, anualmente, tiram um fim de semana para construir o presépio. Isto foi uma afronta”, acrescentou Fernando Lopes.
O autarca conjeturou que a tentativa de arrombamento da porta da casa mortuária poderá ter tido como finalidade de, através dela, acederem à igreja, com o intuito de provocar estragos e furto de objetos de valor.
A Junta de Tavarede pagou 2460 euros pelo aluguer da árvore de Natal. Por sua vez, sustentou Fernando Lopes, “o presépio não tem preço, porque foi feito por pessoas muito queridas de Tavarede, com voluntariado e gosto para o oferecerem à freguesia”. Mas, por isso, acrescentou, tem um incalculável valor afetivo.