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Ligação entre universidades e administração pública vai ser reforçada

08 de fevereiro às 16h57
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O diretor da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC), Álvaro Garrido, defendeu hoje a importância de se reforçar a ligação entre as universidades e a administração pública, seja ela central ou local.

“Tem sido reiterado o pedido da abertura das universidades à sociedade e às empresas em particular, mas é menos comum e tem sido esquecida a ligação à administração pública. É muito importante capacitar a administração pública e reforçar as ligações entre a administração pública, de natureza central e local, e as universidades”, disse.

O Centro de Competências de Planeamento, de Políticas e de Prospetiva da Administração Pública (PlanAPP) e a Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC) assinaram, ao final da manhã de hoje, um protocolo que visa desenvolver um modelo de planeamento a nível regional.

De acordo com o diretor da FEUC, esta cooperação “de certa forma já existia”, mas, no entanto, “vai aprofundar-se de forma protocolar”.

“O contributo que podemos dar à sociedade e queremos aprofundar e não cai apenas na retórica, mais ou menos comum, de que é preciso reforçar a ligação do ensino superior às empresas. Sobre isso estamos todos de acordo, mas não podemos esquecer o Estado e a administração publica”, sustentou.

Também o diretor do PlanAPP, Paulo Feio, destacou a evidente necessidade de se “reforçar, aprofundar e dar um novo dinamismo” à colaboração entre as universidades, os centros de investigação e produção de conhecimento científico e técnico, com aqueles que são alguns dos seus utilizadores.

“Assumimos essa responsabilidade com empenho, de implementar e reforçar a colaboração que temos com os centros de saber, os centros produtores de conhecimento. Tal pressupõe a alocação de recursos qualificados, cultura de partilha de experiências, conhecimento e colaboração entre entidades”, evidenciou.

Paulo Feio referiu que o PlanAPP “não vem a terreno para substituir ninguém”, mas sim para consolidar uma rede de colaboração, que disse ser absolutamente indispensável em qualquer aparelho do Estado moderno.

Sobre o protocolo, apontou que não se destina a concretizar apenas um projeto, mas para criar um quadro de relacionamento, tendo em vista a capacitação da administração pública e partilha de recursos.

“Nós queremos receber estagiários, mestrandos e doutorandos, que queiram estudar problemas ou questões de política pública”, esclareceu.

Ao longo da sua intervenção revelou ainda que está praticamente em fase de conclusão o primeiro projeto concreto desta colaboração.

Trata-se do desenvolvimento de um modelo que permitirá “ter uma visão mais operacional e concreta de análise das economias regionais”, que estará concretizado “no prazo de dias”.

Na assinatura do protocolo esteve também Luís Dias, diretor do CeBER – Centre for Business and Economics Research da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, que sublinhou que com este tipo de iniciativas a administração pública fica com acesso a mais conhecimento e informação do que já tem.

“Com este tipo de colaborações podemos utilizar o mundo real como o melhor laboratório que existe para a atividade de investigação”, concluiu.

O protocolo hoje assinado pretende unir esforços no sentido de promover o desenvolvimento de instrumentos de análise e modelos utilizáveis no planeamento, estimular a investigação aplicada e a formação avançada em políticas públicas e concretizar diversas formas de capacitação da Administração Pública.

Permitirá o estabelecimento de uma parceria tripartida para desenvolvimento de um modelo de análise das economias regionais e do impacto dos investimentos, públicos ou privados, no desenvolvimento económico de cada região, em particular, e do país no seu todo.

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